Amalha teria emprestado cerca de R$ 700 em dinheiro para Fabiano, pois ela emprestava dinheiro a juros - Berlim Caldeirão/TopMídiaNewsDurante depoimento na Deam (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher), Fabiano Garcia Sanches, de 41 anos, acusado pelo assassinato brutal da corretora Amalha Cristina Mariano Garcia, de 43 anos, afirmou que matou a vítima após discussão por relacionamento.
De acordo com o TopMídiaNews, ele teria a chamado até a casa onde mora para pedir um empréstimo, porém ela teria ido buscando um relacionamento, contou à polícia. Ambos teriam se conhecido, ido a um bar, onde chegaram a trocar beijos, desde então, eles mantinham contato.
No ano passado, Amalha teria emprestado cerca de R$ 700 em dinheiro para Fabiano, pois ela emprestava dinheiro a juros.
O valor foi pago e, nesta terça-feira (21), ele a teria chamado até a casa onde mora para pedir outro valor novamente.
Amalha foi ao endereço, porém, segundo ele, na intenção de iniciar um relacionamento com Fabiano, no entanto, já na casa dele, descobriu que ele era casado. Os dois, então, começaram a discutir.
Neste momento, ele avançou sobre ela, que acabou caindo e batendo a cabeça em um vaso de concreto, relatou. A batida teria provocado um ferimento e sangrado bastante.
Desesperado, ele teria colocado Amalha no carro e a levado até o porto seco, porém, no local, Fabiano percebeu que ela estava viva. Ele, então, a teria agredido mais um pouco, arrastado o corpo dela e a coberto com um saco preto.
Após a ocultação do corpo, ele ainda teria descartado os itens pessoais da Amalha, como bolsa e cartão de crédito e, em seguida, fugido com o carro dela. Durante o trajeto de fuga, o telefone celular dela teria toca, então, ele o teria jogado na beira da rodovia, próximo ao aterro sanitário.
Conforme investigações, foram encontradas digitais da esposa de Fabiano no carro da Amalha, no entanto, segundo a polícia, ela não tem ligação com o crime. A mulher trabalha fora da cidade e, no dia do crime, Fabiano a teria buscado na rodoviária com o carro da vítima.
O ex-namorado da Amalha foi também foi ouvido pela polícia em Ponta Porã, onde mora. No entanto, por meio da geolocalização do celular dele foi comprovado que ele não estava em Campo Grande no momento do crime e não tinha participação na morte.
Ainda nesta segunda, um homem que estava negociando o carro da corretora, se entregou na Deam. Aos policiais, ele afirmou que foi procurado por Fabiano, que lhe enviou fotos do veículo e pediu para que vendesse o carro. Ele deve responder por recepção, já que ele não teve participação na morte e não estava ciente do que tinha acontecido.
Os dois homens suspeitos, que foram inicialmente presos com o carro da vítima, foram liberados. As duas mulheres também foram soltas. Uma das mulheres presas é esposa do homem que estava vendendo o veículo. Nenhum tem ligação direta com a morte da Amalha.
Ainda segundo a delegada, a versão que Fabiano contou na Deam não bate com a versão que ele relatou para o Batalhão de Choque. Na primeira versão ele teria dito que propôs a Amalha um golpe do seguro, usando o carro dela.
Durante o depoimento, ele ainda disse que não tinha a intenção de matá-la, tendo ocorrido após a situação sair do controle. Em alguns momentos, ele chegou a chorar, demonstrando emoção. Ele afirmou que, após Amalha bater a cabeça, se desesperou e, por achar que estava morta, só pensou em se livrar do corpo.
Ele ainda relatou que se livrou do corpo e, em seguida, limpou a casa porque esperava a visita da mãe, que estava próximo de chegar com o filho dele. Fabiano teria afirmado que queria a casa em ordem para não levantar suspeitas.
Fabiano continua preso na Deam. Ele deve passar por exame de corpo de delito.
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