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Grupo que tinha policiais e vereador, contrabandeava cigarro de MS para SP e o nordeste

31 Jul 2019 - 13h24Por DA REDAÇÃO

A quadrilha de contrabandistas de cigarro desarticulada na operação Trunk das policiais Federal (PF) e Rodoviária Federal (PRF), utilizava caminhões baú carregados com mudanças para entrar com o produto ilegal no país, por Mato Grosso do Sul, e depois levá-lo para São Paulo, de onde era distribuído também para o nordeste do país.

A informação foi divulgada nesta quarta-feira (31) pelo superintendente da Polícia Federal em Mato Grosso do Sul, Cléo Mazzotti. Ele explicou que a investigação para desarticular o grupo começou há cerca de um ano e que nesse período foram feitas 19 grandes apreensões de cigarro contrabandeado pelo grupo, com 26 prisões de envolvidos.

Durante as investigações, o delegado explicou que foi descoberta a participação de dois policiais rodoviários federais no esquema. Com atuação conjunta com a corregedoria da PRF no estado se levantou que eles eram encarregados de facilitarem a passagem dos caminhões carregados com cigarro contrabandeado pelas rodovias federais.

Mazzotti disse que também identificou que um vereador de uma cidade da Paraíba atuava com o "braço da quadrilha" na região nordeste, ficando encarregado de receber as cargas e depois fazer a distribuição do produto.

Na ação desta quarta-feira, foram expedidos 15 mandados de busca e apreensão e 8 de prisão preventiva pela Justiça Federal para Campo Grande, Dourados, Ponta Porã e Rio Brilhante, em Mato Grosso do Sul; Embu-Guaçú, em São Paulo e São Bento, na Paraíba.

O superintendente da PF diz que foram presos os dois PRFs suspeitos de participação no esquema. Um deles arrendava um motel em Ponta Porã, onde foi cumprido um mandado de busca e apreensão. Esse suspeito foi preso na casa dele em Dourados. Já o outro policial rodoviário federal foi preso em Rio Brilhante.

Em Ponta Porã também foi preso um dos chefes do grupo criminoso e sua esposa, que era encarregada da contabilidade, e o outro chefe, em Embu-Guaçú, totalizando cinco prisões.

Outros três integrantes do grupo, entre eles o vereador, não foram localizados e são considerados foragidos. Os outros dois foragidos são batedores do grupo, que eram encarregados, conforme Mazzotti, da cooptação de outros batedores e também de transportadores de cargas para o esquema.

Armas e veículos de luxo também foram apreendidos, assim como diversos aparelhos de celulares simples que o grupo utilizava para comunicação entre eles. Os telefones eram conhecidos como 'bombinhas'.

Carro de luxo apreendido na casa de um suspeitos de envolvimento com a quadrilha que contrabandeava cigarro do Paraguai — Foto: PF/Divulgação

Carro de luxo apreendido na casa de um suspeitos de envolvimento com a quadrilha que contrabandeava cigarro do Paraguai — Foto: PF/Divulgação  

Mato Grosso do Sul registrou o maior volume de apreensões de cigarro contrabandeado do Brasil em 2018. Segundo dados da Receita Federal, divulgados pelo Instituto Brasileiro de Ética Concorrencial (ETCO) ao G1, foram 1,511 bilhão de unidades, o que representou 27% do total do país.

Depois de Mato Grosso do Sul, os estados que registraram a maior quantidade de apreensões foram o Paraná, com 1,394 bilhão de unidades (25% do total) e São Paulo, com 895 milhões de unidades (16%). Juntos os três estados representaram 70% do cigarro apreendido no país em 2018, conforme o instituto.

O ETCO aponta que além de principal porta de entrada do cigarro contrabandeado no país, Mato Grosso do Sul tem o mercado interno do produto dominado pela mercadoria ilegal.

Baseado em uma pesquisa do IBOPE, o instituto aponta que 82% de todo o cigarro comercializado no estado é contrabandeado do Paraguai. O índice está bem acima da média nacional que foi de 54%. O mercado ilegal do produto no estado atingiu em 2018 1,717 bilhão de unidades, movimentando R$ 222 milhões.

O ETCO destaca que somente em arrecadação do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), Mato Grosso do Sul perdeu com a comercialização do cigarro ilegal o equivalente a R$ 129 milhões.

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