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Dourados - MS

Feto morre na 39ª semana de gestação e família denuncia caso à polícia

11 Fev 2016 - 13h50Por Campo Grande News

Mais uma gestante atendida no HU (Hospital Universitário) da UFGD (Universidade Federal da Grande Dourados) perdeu o bebê e o caso será investigado pela polícia. Desde o ano passado, o hospital é alvo de constantes denúncias de mortes de bebês e na semana passada a família de uma moradora da cidade, localizada a 233 km de Campo Grande, registrou boletim de ocorrência para ser apurada a morte da mulher, ocorrida após o parto.

Desta vez foi uma adolescente de 15 anos que estava com 39 semanas e cinco dias de gestação. De acordo com a assessoria do HU, na segunda-feira (8) ela procurou o hospital alegando dores no baixo ventre.

Apesar de quase 40 semanas de gestação, o hospital informou que ela estava fora de trabalho de parto e não havia sinais clínicos que motivassem a realização de uma cesariana.

Os familiares denunciam que mesmo com a constatação da morte do bebê, o hospital não fez a cesariana para a retirada do feto e a paciente só foi levada para o centro obstétrico várias horas depois de ser atendida.

“A avaliação da gestante neste dia indicou que o bebê estava com as condições vitais íntegras e que não havia perda de líquido, sendo agendado seu retorno ao HU-UFGD para a manhã de ontem (10), quando seria feita uma reavaliação. No entanto, em seu retorno, foi identificado o óbito fetal”, afirma nota enviada pela assessoria.

Ainda conforme o hospital, os procedimentos adotados para o diagnóstico do óbito fetal são protocolares e consistem na auscultação do som do coração do bebê com um sonar (equipamento próprio para percepção dos batimentos cardíacos do feto) e através de ultrassonografia. “Ambos foram aplicados à paciente e confirmaram a ocorrência do óbito”, informou a assessoria, sem detalhar, no entanto, qual seria a causa da morte.

Sem cirurgia – Apesar de ficar constatado que o bebê estava morto, a adolescente não foi submetida à cesariana. Segundo o HU, em casos com essa evolução o Ministério da Saúde recomenda que a retirada do feto do ventre da paciente seja feita por meio de indução ao parto normal, pois uma cesariana implicaria em mais riscos à saúde da mulher. “Uma curetagem também não seria o procedimento adequado, pois se aplica a fetos com até 12 semanas”.

Na tarde de ontem, a adolescente, que segundo o hospital “se encontra em bom estado de saúde”, foi encaminhada ao centro obstétrico e feita a indução ao parto. “A internação não pôde ser realizada de imediato após a identificação do óbito em função de os leitos obstétricos estarem com sua capacidade ultrapassada”, alegou a assessoria.

Morte no parto – Na semana passada, familiares de Josimara Ramires Machado, 30, procuraram a polícia para denunciar a morte dela, ocorrida na maternidade do HU de Dourados, após uma cesariana.

De acordo com o boletim de ocorrência, Josimara morreu na noite de quarta-feira (3). Ela estava na 40ª semana de gestação e na terça, dia 2, procurou atendimento na maternidade. O médico que a examinou teria constatado pouco movimento do bebê e solicitou dois exames, segundo o boletim de ocorrência.

Os familiares contam que após esses exames, o médico decidiu fazer o parto induzido, com um medicamento intravaginal chamado Misoprostol, para auxiliar na dilatação. Entretanto, o procedimento não teria surtido efeito. Na quarta-feira, outra medicação foi usada e mais uma vez não houve a dilatação necessária e Josimara foi submetida à cesariana.

Segundo a denúncia, ela estava bem após a cirurgia, mas por volta de 19h30 teria apresentado vômitos e falta de ar. Ela morreu por volta de 21h30. A assessoria do HU informou que a cesariana foi normal e o bebê do sexo masculino nasceu às 15h12, pesando 2.880 gramas. “A mãe, por sua vez, foi encaminhada à enfermaria obstétrica às 17h40, junto com o recém-nascido, e chegou a amamentá-lo, apresentando integridade em sua condição física”.

Na noite do mesmo dia, segundo o HU, “a paciente se sentiu mal e foi imediatamente amparada pela equipe médica, que providenciou a medicação e os procedimentos clínicos adequados para o quadro. No entanto, Josimara não resistiu a uma parada cardiorrespiratória e foi a óbito”.

A equipe médica registrou evolução muito rápida, com quadro de hipotensão (pressão baixa) e insuficiência respiratória, necessitando do uso de ventilação mecânica. “Em casos com essa evolução, as causas mais frequentes do óbito são embolias pulmonares, hemorragias ou problemas cardíacos”, alegou o HU.

O laudo do médico legista que fez ao exame de necropsia, a pedido da família, será encaminhado para a Polícia Civil, que investiga o caso.

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