Uma semana depois de o Ministério da Agricultura e Pecuária publicar a portaria que reconhece como área livre de aftosa com vacinação a ZAV (Zona de Alta Vigilância) nas regiões de fronteira entre Mato Grosso do Sul e o Paraguai e a Bolívia, a Iagro (Agência de Defesa Sanitária Animal e Vetegal) publicou baixou hoje série de regras para controle do rebanho bovino na região.
Entre as medidas estabelecidas, está a obrigatoriedade de que o gado de todas as propriedades que se encontram na ZAV, cerca de 800 mil animais, seja rastreado. A identificação será por meio de brincos e bottons, instalados na orelha dos animais.
Conforme a portaria publicada pela Iagro, os objetos serão fornecidos pela agência, mas se houver falta deles, o pecuarista pode ser autorizado a comprar.
A medida estabelece ainda como será a vacinação contra a aftosa na região terá calendário específico e regras diferenciadas, com a possibilidade de vacinação oficial, bancada pela Iagro, vacinação acompanhada e vacinação fiscalizada, feita pelo produtor, mas assistida pela Iagro.
A região foi considerada área livre da doença no dia 4 de fevereiro pela OIE (Organização Mundial de Saúde Animal) e faltavam as deliberações nacionais para concretização da mudança.
De acordo com a instrução normativa do Ministério da Agricultura e Pecuária da semana passada, foram definidos 15 postos de fiscalização sanitária fixo em municípios da região da ZAV, que deverão monitorar o trânsito dos animais na região de fronteira.
A Iagro também estabeleceu regras para a entrada e saída de animais. Os bezerros, por exemplo, terão de ser identificados e receber vacina assim que entrarem na região.
Onde fica-A Zona de Alta Vigilância é uma área que compreende 15 quilômetros de largura ao longo de mil quilômetros de fronteira com Bolívia e Paraguai. São 13 municípios que compõem a ZAV: Antônio João, Aral Moreira, Bela Vista, Caracol, Coronel Sapucaia, Corumbá, Japorã, Ladário, Mundo Novo, Paranhos, Ponta Porã, Porto Murtinho e Sete Quedas. São pelo menos 800 mil cabeças de gado na região.
Com o reconhecimento da ZAV de Mato Grosso do Sul pela OIE como livre de febre aftosa, o Estado passou a ter um status único de classificação e a exportação de carne nas fazendas da região pode voltar ao normal. Em 2001, o Estado já havia alcançado o status de livre de febre aftosa com vacinação, porém com o surgimento de um novo foco da doença na região, em 2005, os organismos internacionais decidiram suspender esse reconhecimento.