O vereador Marcelo Hall (PR), conhecido como “Marcelão”, teve seu mandato cassado na noite de hoje (03) durante a sessão especial na Câmara dos Vereadores de Dourados. Ele perdeu seu mandato por quebra de decoro parlamentar.

Nove votos foram favoráveis à cassação de Marcelão. O vereador Albino Mendes se julgou inapto a votar, por ser suplente. Alberto Alves dos Santos, o Bebeto, e Cemar Arnal, integrantes da mesma coligação de Marcelão, se julgaram impedidos.

Ele não compareceu à sessão e foi representado pelo advogado Fabiano Rodeline Coquetti, designado pela Ordem dos Advogados do Brasil em Dourados para auxiliar os trabalhos da Comissão Processante, que assegura o direito de defesa a todos os acusados.

Na vaga do vereador cassado permanece o segundo suplente Cemar Arnal, uma vez que o primeiro suplente Edvaldo Moreira encontra-se afastado pela Justiça por também ter sido preso na operação "Uragano" (furacão, em italiano).

Marcelão foi um dos vereadores presos na operação Uragano, da Polícia Federal, acusado de envolvimento no esquema de desvios de dinheiro público. O relatório sobre o processo de Marcelão é o segundo a ser concluído pelas Comissões Processantes da Câmara de Dourados. Na última sexta-feira (25/02), seria votada a cassação de Zezinho da Farmácia, mas pouco antes da abertura dos trabalhos ele renunciou ao mandato, extinguindo o processo.

“Foi uma sessão normal. O relatório foi feito, o advogado sustentou a defesa e os votos dos vereadores foram colhidos. Cumprimos o nosso papel e agora é esperar as próximas Comissões Processantes”, disse Idenor Machado, relator da comissão.

Também estão sendo processados os vereadores Marcelo Barros e Paulo Henrique Bambu (DEM), Humberto Teixeira Junior e Aurélio Bonatto (PDT), José Carlos Cimatti (PSB) e Julio Artuzi (PRB).