Pesquisadores do Rio e de Belém alertam para o risco de que a febre chikungunya, causada pelo mesmo mosquito que transmite a dengue, se espalhe pelo país.
Os médicos diagnosticaram um caso dessa febre a partir de testes sorológicos para a detecção de anticorpos do vírus da doença. O paciente é um surfista carioca de 41 anos, contaminado em uma viagem à Indonésia, em agosto de 2010.
O trabalho será apresentado durante o Congresso Brasileiro de Medicina Tropical, que acontece entre os dias 23 e 26 de março, em Natal (RN).
O vírus da doença é transmitido pelo mesmo mosquito da dengue, o Aedes aegypti. Como os sintomas são muito parecidos com os da dengue, a chikungunya pode chegar ao Brasil e não ser detectadas. A Organização Mundial de Saúde registra casos da febre na África e na Ásia.
Apesar de o problema ainda não existir no país - há três casos diagnosticados, todos de pessoas contaminadas no exterior-, pesquisadores estão alertas.
SEM SINTOMAS
Como a infestação de mosquito no país é alta, o temor é que o vetor espalhe o vírus.
"Trinta por cento dos casos da chikungunya são assintomáticos, o que pode contribuir para a dificuldade de bloqueio dos casos vindos de outros países, introduzindo a doença no Brasil", explica a infectologista Isabella Albuquerque, do Hospital São Vicente de Paulo (RJ), uma das responsáveis pelo diagnóstico do surfista.
A chikungunya tem quase os mesmos sintomas da dengue: febre acima de 39 graus, enjôo, vômitos, vermelhidão na pele e dores musculares. Uma das características que a diferencia da dengue é a dor forte nas articulações -algumas vezes, chega a ser confundida com artrite.
Ela não apresenta versão hemorrágica e seu índice de letalidade é baixo. Mas as dores nas articulações, nos casos mais graves, podem perdurar por até cinco anos.
Como na dengue, ainda não há medicamentos para combater a chikungunya. São usados anti-inflamatórios, analgésicos e antitérmicos para controlar sintomas.
De acordo com o virologista Pedro Vasconcelos, do laboratório de arbovirologia e febres hemorrágicas do Instituto Evandro Chagas (Ministério da Saúde), em Belém, a apresentação do trabalho no congresso é importante para alertar profissionais sobre os riscos de que a doença chegue ao Brasil. "Alguns nunca ouviram falar dela e outros desconhecem que já é possível fazer o diagnóstico aqui."
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