O índice Nikkei da Bolsa de Tóquio chegou a despencar 12% na tarde desta terça-feira, arrastada pela crise nuclear no complexo de Fukushima, mas fechou o pregão com perda de 10,55% a 8.605,15 pontos. Essa é a maior queda diária desde outubro de 2008.
Enquanto isso, o índice Nikkei de futuros chegou a recuar 16%.
O Nikkei perdeu cerca de 17% de seu valor desde o terremoto e tsunami que atingiram o Japão na sexta-feira (11), causando explosões em várias usinas nucleares e forçando milhares de fábricas a fechar as portas.
Às 04h30 GMT (1H30 Brasília), o índice Nikkei dos 225 principais valores recuava 12,38% ou 1.190,75 pontos, a 8.429,74 unidades, caindo a seu nível mais baixo desde abril de 2009.
O índice ampliado Topix baixava 11,80%, a 747,01 unidades.
"É uma situação de pânico, e não apenas entre os investidores estrangeiros, todo mundo quer se livrar de suas ações", disse Yosuke Shimizu, operador da Retela Crea Securities.
Empresas como a BTP, que haviam subido na segunda-feira diante da perspectiva dos trabalhos de reconstrução no nordeste do país, recuavam hoje em média 15%.
A ramo imobiliário também era duramente atingido, com perda média de 20%.
As montadoras, que sofreram muito na véspera, perdiam menos nesta terça-feira, com Toyota caindo 6,19%, a 3.105 ienes, Honda, 7,01%, a 2.875, e Nissan, 8,03%, a 664 ienes.
Entre os fabricantes de eletrônica, Sony perdia 8,62%, a 2.330 ienes, e Panasonic, 13,62%, a 843 ienes.
A crise nuclear provocada pelo tsunami de sexta-feira passada se agravou nesta terça, com um incêndio no reator Nº 4 da central de Fukushima 1, o que elevou "consideravelmente" o nível de radiação.
Uma explosão já havia destruído parcialmente hoje o reator dois da central nuclear, atingindo o reservatório do condensador do cilindro de confinamento.
Houve explosões em dois outros reatores desta usina, sábado e segunda-feira. Nos dois casos, a deflagração, devido ao escapamento de hidrogênio, danificou ou destruiu o prédio externo do reator, mas sem atingir o núcleo da instalação.