Para 2011, a estimativa do custo de produção do milho safrinha 2011, em cultivo solteiro e consorciado com Brachiaria ruziziensis, está menor que no ano passado em Mato Grosso do Sul. Essa foi a conclusão a que chegaram Alceu Richetti e Gessi Ceccon, pesquisadores da Embrapa Agropecuária Oeste, empresa vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.
O milho safrinha solteiro está 3,7% mais barato em 2011, com um custo de produção estimado em R$ 913,70. Já o consorciado está com valor 2,7% menor, estimando-se em R$ 952,11. Segundo Richett, o preço dos insumos utilizados este ano está menor que em 2010.
Para saber a quantidade e o preço mínimos que o milho safrinha, solteiro e consorciado, podem ser vendidos para se obter lucro, foi realizada uma análise de sensibilidade, que é feita após a conclusão do custo de produção. Para não ter prejuízo, o produtor precisa colher uma quantidade mínima de 60,9 sacas de milho solteiro por hectare. Se for consorciado, é necessária a produção de 63,5 sacas por hectare para obter um lucro mínimo.
Outra análise feita pelos pesquisadores é a de benefício/custo, em que se verifica o índice de eficiência do sistema de produção. A eficiência é a divisão da receita pelo valor atual dos custos e o resultado deve ser superior a 1. Na análise econômica com base na variação de preços do milho consorciado, estima-se que o valor da saca deve ser vendido acima de R$ 13,60 para ser eficiente. Já o milho solteiro pode ser vendido a partir de R$ 13,05.
Os pesquisadores chegaram à conclusão que “o custo de produção do milho safrinha em consórcio, quando comparado ao solteiro, é maior em 4,2%, correspondendo a 2,6 sacas de milho por hectare. Isto é devido ao uso da semente de braquiária”. Eles lembram ainda que há benefícios advindos do consórcio, como a proteção do solo contra a erosão, os ganhos na produtividade da soja e o enriquecimento do solo por agregação de matéria orgânica gerada pela braquiária.