O mês de março registrou queda na criação de empregos formais, quando 92.675 novos postos de trabalho foram criados, e as demissões bateram recorde, segundo dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), do Ministério do Trabalho, divulgados nesta terça-feira.
A criação de vagas formais recuou 65% em março deste ano em relação ao terceiro mês de 2010, quando houve 266 mil vagas criadas.
Em relação a fevereiro, houve queda de 67% na criação de empregos formais, quando foram geradas 280.799 novas vagas.
Esse número também é menor do que o registrado em março do ano passado, quando as admissões chegaram a 322.510.
No três primeiros meses do governo da presidente Dilma Rousseff, os empregos gerados chegaram a 583.886. No acumulado de 12 meses, a criação de novos postos de trabalho somaram 2.350.841.
O número de admissões e demissões em março foram recorde. As admissões somaram 1.765.922, terceiro maior número da série histórica, e as demissões chegaram a 1.673.247, o maior da série histórica.
O principal responsável pelo resultado foi o setor de serviços com a geração de 60.309 novos postos de trabalho, seguido pela indústria de transformação com a criação de 14.448 novos empregos e a agricultura, com a abertura de 11.400 novas vagas.
Segundo o ministro Carlos Lupi (Trabalho), esse resultado de março se deve ao Carnaval, ao fim do ciclo sucroalcooleiro no nordeste e as fortes chuvas em todo país registradas no período.
"Na comparação, a gente vê que não foi um desempenho tão bom quanto março do ano passado. Essa quantidade de desligamentos tem a ver com a antecipação da contratação em fevereiro e o fim do ciclo sucroalcooleiro no nordeste", disse.
Apesar dos números registrados em março, o ministro acredita que abril terá um desempenho melhor. O ministro também disse que o Brasil chegará a meta de três milhões de novos empregos esse ano.
"Abril será muito forte, porque não temos os dias de Carnaval e vai acabar o ciclo da chuva algumas regiões do Brasil", afirmou Lupi