O governo da China anunciou nesta sexta-feira que irá aumentar em 12,7% seu orçamento militar para 2011, um gasto que deve chegar a 601 bilhões de iuanes (cerca de R$ 152 bilhões).
Com isso, o orçamento militar chinês será 67,6 bilhões de iuanes mais alto que o de 2010 (cerca de R$ 17 bilhões) e representará 6% do orçamento total do gigante asiático.
O montante dedicado à Defesa também irá superar, ao contrário do que ocorreu no ano passado, o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do gigante asiático, que em 2010 cresceu 10,3% e que este ano tem a previsão de avançar 7%, segundo contas do primeiro-ministro chinês, Wen Jiabao.
Em 2010, foi a primeira vez que a alta no orçamento militar não superou 10%, sendo quase a metade do que subiu em anos anteriores, quando rondava 15%.
Apesar do aumento maior que o de 2010, o porta-voz da Assembleia Nacional Popular (ANP), Li Zhaoxing, assegurou que "o governo sempre tentou limitar a despesa militar e estabeleceu a despesa da Defesa em um nível razoável para assegurar o equilíbrio entre a defesa nacional e o desenvolvimento econômico".
Li, que já foi ministro das Relações Exteriores, assinalou, após divulgar o número, que a despesa militar chinesa é "transparente" e "defensiva" e será destinada, entre outros objetivos, a melhorar a qualidade dos armamentos, dos exercícios de treinamento e do padrão de vida dos militares.
A China conta com o maior Exército do mundo, com dois milhões de soldados, embora Li tenha ressaltado que a despesa militar chinesa é menor que a média mundial, levado-se em conta o fato de que o país tem a maior população do globo.
O porta-voz da ANP acrescentou que "a força militar limitada da China é apenas para resguardar sua soberania nacional e sua integridade territorial, e não representa uma ameaça para nenhum país".