Proclamando “independência”, a Confederação Nacional dos Agricultores Familiares e Empreendedores Familiares Rurais (Conafer) oficializa hoje (24) sua criação. Segundo Carlos Lopes, um dos articuladores da nova organização junto com outras lideranças sindicais, o setor nunca teve bandeira própria e as duas grandes confederações da área - Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag) e Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) - “não possibilitavam a independência”.
Lopes disse que a Conafer já nasce com 340 sindicatos e oito federações estaduais, representando 1,8 milhão de filiados. “Até o fim do ano teremos federações em todos os estados e no Distrito Federal”, afirmou. O número de agricultores familiares, público-alvo buscado pela nova confederação, é aproximadamente 18 milhões de pessoas, podendo dobrar se considerados todos os trabalhadores do setor.
“Hoje vivemos uma realidade na qual não nos sentimos assistidos. Não podemos ser representados sem ter representantes. Temos que ter voz própria”, disse Lopes, da Força Sindical, que deve ser o primeiro presidente da Conafer. Ele já foi presidente da Federação dos Agricultores Familiares e Empreendedores Familiares Rurais (Fafer) no Centro-Sul.
A Conafer será lançada na Câmara dos Deputados, durante o Encontro Nacional dos Sindicatos da Agricultura Familiar, no dia marcado para mais uma tentativa de votação do novo Código Florestal. Seus articuladores consideram importante a aprovação do texto, mas querem garantias de que as peculiaridades da agricultura familiar serão explicitadas em lei e terão tratamento diferenciado.
“A agricultura familiar não aceita ser punida por produzir alimentos em um país onde há milhões de pessoas passando fome. Enquanto os grandes plantam pensando apenas em exportar, os agricultores familiares são responsáveis por 70% dos alimentos produzidos no Brasil”, disse Lopes.
Para ele, a Conafer dará mais força aos agricultores familiares para cobrar políticas públicas específicas e eficazes dos governos federal, estaduais e municipais. “Os investimentos públicos devem contribuir efetivamente para a nossa capacitação. Temos que ter acesso a novas tecnologias agrícolas e a sistemas de melhoria da gestão das propriedades, o que resultará em maiores ganhos de produtividade, fortalecimento da produção sustentável e aumento da geração de renda.”
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