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FORÇA DA MULHER PANTANEIRA

A força das mulheres pantaneiras, conquistando espaços e representatividade em seus territórios

A força das mulheres pantaneiras, conquistando espaços e representatividade em seus territórios

5 Jan 2019 - 11h22Por ECOA

O caminho da legitimidade: No Pantanal, grupos isolados e comunidades enfrentam cotidianamente os desafios da falta de recursos e condições básicas como segurança territorial, saúde e educação, entre outros fatores. A organização social e política torna-se uma premissa básica, neste contexto, para que essas lacunas sejam solucionadas – ou ao menos amortizadas – e seus direitos e dinâmicas de vida sejam respeitados. São grandes as pressões que sofrem para permanecerem nas áreas que habitam. Há aproximadamente 25 anos a Ecoa trabalha apoiando a organização desses grupos. Desde então foram muitas as conquistas, e ainda um longo caminho a ser trilhado.

Lideranças femininas: O papel das mulheres pantaneiras nesse processo merece destaque. Mesmo somando cada dia mais na renda do núcleo familiar, a falta de reconhecimento, representatividade e espaço dentro das associações de moradores – compostas predominantemente por homens – é uma realidade que gera descontentamento. Esse cenário acabou impulsionando a organização dessas mulheres em associações próprias de produção.

Na última semana, foram realizadas, com apoio da Ecoa, assembleias gerais de eleição em três associações de moradores nos municípios de Corumbá, Miranda e Ladário. Não surpreendentemente, foram empossadas três associações de mulheres, reafirmando a luta das mulheres pantaneiras pelo reconhecimento merecido dentro da comunidade e do Estado.

APA Baía Negra: A Associação de Mulheres Produtoras da APA Baía Negra está dentro de uma Área de Proteção Ambiental em Ladário (MS). Isso fortalece tanto a conservação da região, quanto a perspectiva de que as famílias, em especial as mulheres, consigam melhores condições de vida dentro de uma unidade de conservação de uso sustentável.

Porto da Manga: No Pantanal, as mulheres representam mais que 70% da categoria de pesca de iscas. Por isso, é bastante significativo que a Associação de Mulheres Extrativistas do Porto da Manga, composta por pescadoras – a maioria coletoras de iscas – esteja à frente da nova gestão da Associação de Moradores por questões de interesses comuns e específicos – que só as mulheres tem nessa atividade tão pesada.

Porto Esperança: Em 2015 depois de intensos conflitos socioambientais, os ribeirinhos do Porto Esperança receberam seus Termos de Autorização de Uso Sustentável (TAUS), garantindo o direito histórico da comunidade de permanecer em seu território. A Associação de Mulheres Ribeirinhas do Porto Esperança assume neste contexto o papel político de que este direito seja mantido e seu trabalho gere mais oportunidades numa região que segundo elas mesmas, é abençoada.

Saiba mais: Moradores de Porto Esperança tem seu direito de permanência no território legitimada

Olhares para o futuro: Pelos próximos três anos, estas gestões femininas estarão adiante nas representações comunitárias, em busca de melhores perspectivas de trabalho e renda e também assumindo o papel político em defesa dos seus territórios.

 
APA Baía Negra
 
 
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A iniciativa integra o Projeto ECCOS – Conectando Paisajes en el Bosque Seco Chiquitano, el Cerrado y el Pantanal de Bolívia y Brasil para la Sostenibilidad del Desarrollo Productivo, la Conservación de sus valores ambientales y la Adaptación al Cambio Climático, com apoio da União Europeia.

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