Jipeiros de 13 estados começaram a chegar em Mato Grosso do Sul para participar da Trilha Pantanal Coxim, que terá largada na próxima sexta-feira, no município que fica 245 quilômetros distante da Capital. Serão 160 participantes em 65 viaturas (4 x 4 e adaptadas) que terão pela frente um terreno alagado, já que essa época marca a cheia na bacia pantaneira. O percurso total terá 360 quilômetros rumo à região do Paiaguás, passando por estradas boiadeiras, vazantes e corixos.
Há doze anos participando de trilhas off-roads pelo País, o empresário paulista, Ronaldo Coelho Amancio, de 38 anos, considera o desafio no Pantanal como o mais radical em termos de natureza. “Tem um grau de dificuldade muito grande. O alto nível da água é o inimigo dos jipeiros. E quanto mais difícil, mais a gente gosta. Quanto pior, melhor”, avalia.
Essa será sua quarta participação na trilha, sempre como navegador. Para este ano, a ideia era estrear como piloto. Até comprou um Jeep JPX por R$ 19 mil e gastou R$ 46 mil com adaptações para enfrentar o terreno alagado. O serviço, porém, não ficou pronto a tempo dele participar da prova.
Acostumado com as trilhas na região do Amazonas, o empresário Paulo Andrade, 51 anos, também vem a Mato Grosso do Sul. Ele viajará de avião de Porto Velho (RO) à Capital, para depois seguir até Coxim. Toda essa logística foi feita por conta da sua caminhonete F-250 que foi adaptada e não trafega em asfalto.
“Só anda na lama, colocamos quatro pneus de trator nela. Fizemos uma viatura exclusivamente para este desafio no Pantanal”, afirma Andrade, que preferiu não revelar o valor do investimento. “Mas foi praticamente o valor de uma caminhonete nova”, limitou-se a dizer.
O veículo passou os últimos seis meses na oficina recebendo as adaptações para a trilha. Após o serviço finalizado, a F-250 embarcou no sábado passado, em cima de um caminhão “Cegonha”, com previsão de chegar hoje, em Coxim.
LADO
O lado solidário também é valorizado na Trilha Pantanal Coxim. Todos os participantes se comprometeram em doar uma cesta básica para ajudar famílias carentes no município. A distribuição será feita pela Secretaria de Assistência Social local.
“Além do fomento na parte empresarial, no setor de hotéis, restaurantes, também temos esse lado social para ajudar quem precisa. Os jipeiros são muito bem recebidos pela população, já são tradição na cidade”, diz o organizador da trilha, Aristol Cotini.
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