O tempo que os brasileiros tiveram que trabalhar este ano apenas para pagar tributos chegou a 153 dias, conforme cálculo do Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação (IBPT).
O levantamento também mostrou que cerca de 41,80% de todo o rendimento ganho atualmente, assim como no ano anterior, é destinado a impostos, taxas e contribuições exigidos pelos governos federal, estadual e municipal.
Serão 5 meses e dois dias de trabalho cujos rendimentos serão destinados aos cofres públicos. O tempo é o mesmo desembolsado no ano passado, que foi ano bissexto, mas representa o dobro do que se trabalhava na década de 70 (2 meses e 16 dias ná média) para pagar a tributação, segundo o IBPT.
Dependendo da faixa de renda, o comprometimento da renda com impostos pode ser maior ou menor. Na faixa mensal de rendimento de R$ 3 mil a R$ 10 mil (classe média), o peso dos tributos é maior, comprometendo 44,54% da renda.
Na faixa mais alta, com rendimento mensal acima de R$ 10 mil, a mordida é de 42,62%. O peso dos tributos sobre o consumo e sobre a renda também muda de acordo com a classe social.
CORRUPÇÃO CONSOME 29 DIAS
A partir dos resultados do Projeto Lupa nas Compras Públicas, que monitora todas as compras realizadas pelos governos, o IBPT também estimou que a corrupção consumiu 29 dias de trabalho de cada um dos brasileiros em 2017.
“Assim, determinou-se que cada brasileiro trabalhou 29 dias este ano só para pagar os rombos causados pela corrupção no País”, afirma o presidente do Conselho Superior e Coordenador de Estudos do IBPT, Gilberto Luiz do Amaral.
O projeto Lupa monitora todas as compras realizadas pelos órgãos governamentais federais, estaduais e municipais e cruza o valor pago pelos governos com o preço da mesma mercadoria ou serviço comprado pelas empresas.
OUTROS PAÍSES
Na comparação com outros países, o Brasil segue na 8ª posição, atrás da Noruega, no ranking que comprara os dias necessários para pagar tributos em 27 países.
Para o presidente do IBPT, João Eloi Olenike, a diferença é que na Noruega a população tem retorno dos tributos em forma de saúde, transporte, educação, qualidade de vida e pode usufruir, de fato, dos serviços públicos, o que é muito diferente da nossa realidade: “aqui pagamos muito e não temos quase nenhum retorno”.
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