Desde o dia 22 de março, a atendente Kelly Patrícia Ferreira, 39 anos, não teve ânimo para lavar a camisa que foi deixada dobrada pelo marido, Hudson de Oliveira Ferreira, ou guardar a bíblia que era lida por ele, todas as manhãs.
“Eu não consegui mexer nas coisas dele, não consegui”, diz, emocionada.
Segundo o Campo Grande News, viúva desde que o motoentregador foi morto pelo condutor do Porsche, o empresário Arthur Torres Rodrigues Navarro, na Rua Antônio Maria Coelho, Kelly se diz ainda perdida, tentando sobreviver ao cotidiano e à espera da conclusão da investigação, ainda em fase de inquérito, quatro meses após o acidente.
“É meio revoltante, porque já se passaram quatro meses, a doutora [advogada] falou que pediram mais prazo para poder finalizar o inquérito, era para já ter finalizado, né?, questiona Kelly, em entrevista ao Campo Grande News. Emocionada, Kelly preferiu não mostrar as lembranças do marido, que ainda estão no quarto da casa da família, na Mata do Jacinto, como ele deixou.
Na noite de 22 de março, Hudson tinha acabado de fazer entrega em um prédio, quando foi atingido pelo Porsche de Arthur. Ainda conseguiu mandar áudio para a esposa, pedindo socorro. “Vem ligeiro, vida. Acabou com minha perna, acabou”.
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