Dez anos após a primeira ida de um turista ao espaço, a atividade parece que finalmente vai decolar. Se a previsão de analistas, inclusive da Nasa, for confirmada, o Cosmos será invadido por turistas no fim do ano que vem.
Mesmo sem data confirmada, os pacotes para viagens espaciais já são amplamente divulgados. Nos EUA, eles estão disponíveis até em um site de compras coletivas.
Em meio a pacotes com destinos tradicionais, como Caribe e Nova York, está a oferta espacial: por US$ 85 mil (desconto de US$ 15 mil) dá para garantir a passagem na nave Lynx, da XCOR.
Os projetos envolvem vôos curtos com o "gostinho" do espaço: flutuação e visão da circunferência da Terra.
O filão também interessou empresários como o dono do grupo Virgin, o britânico sir Richard Branson. Batizado de Virgin Galactic, o braço espacial do conglomerado pretende levar passageiros para um passeio suborbital de cerca de seis minutos.
Embora tudo ainda esteja em fase de testes, mais de 400 pessoas toparam deixar depósitos de até US$ 20 mil (R$ 31,4 mil) para garantir o direito à viagem.
A passagem para o voo, que ao todo deve durar cerca de duas horas, custará, a princípio, US$ 200 mil.
PECHINCHA
Pode parecer caro, mas é uma pechincha perto do que os turistas espaciais têm pagado até agora: de US$ 20 milhões a US$ 35 milhões.
O preço proibitivo, o treinamento necessário e a competição por assentos na nave russa Soyuz (a única que oferece o "serviço") fizeram desse um clubinho restrito.
Desde abril de 2001,quando o californiano Dennis Tito foi o primeiro turista espacial, até agora, apenas sete pessoas viajaram assim.
Esses primeiros voos, no entanto, foram bem mais complexos e longos do que os pretendidos pela Virgin e outras empresas,que devem chegar só à "beiradinha" do espaço (altitude de 100 km).
Embora já se possa experimentar a escuridão e um ambiente de microgravidade, a experiência deve ser bem diferente da vista nas imagens de astronautas.
Além do público em geral, os cientistas também estão comemorando a popularização do espaço. Para ter uma pesquisa testada fora da Terra, normalmente é preciso enfrentar uma longa fila, além de ter de demonstrar seguidamente a importância do experimento.
Com as viagens comerciais será possível fazer os testes com mais facilidade.
Estudos já projetam que pelo menos um terço da renda das companhias espaciais virá de projetos científicos.
A Nasa também aposta na ideia para levar seus astronautas até a ISS (Estação Espacial Internacional) depois da aposentadoria de sua frota de ônibus espaciais, prevista para este ano.
No mês passado, a agência liberou US$ 270 milhões para quatro empresas privadas darem continuidade a seus projetos no espaço.
O administrador da agência, Charles Bolden, afirmou que é "crítico e urgente que empresas americanas assumam esse transporte". Enquanto isso não ocorre, os EUA precisam pagar pela "carona" na Soyuz russa.
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