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BONITO - MS - CULTURA PURA NO FESTIVAL

Túnel das 700 luas e poemas encantou e embelezou o Festival de Inverno em Bonito

O trecho é da lenda das 700 luas, que no fim das contas, justifica as águas cristalinas

5 Ago 2013 - 08h10Por Campo Grande News

“Entre os valores que cultuavam, um se sobressaia: o amor. E nada era mais importante, nada era mais verdadeiro, nem mais divino. Era parte da cultura, acreditar que pelo amor valia a pena viver ou, se necessário, morrer. Foi devido a essa crença, que toda a história acontece”.

O trecho é da lenda das 700 luas, que no fim das contas, justifica as águas cristalinas do rio Formoso. A jovem terena Cacai teve a maldição cumprida pelos guerreiros de sua aldeia ao recusar se casar com um cacique por amar um estrangeiro recém chegado a terra. Reza a lenda que o sangue dela e do amado foi o que tornou as águas do rio cada vez mais limpas até que a última gota fosse derramada e brindasse que contempla o cenário com água cristalina e transparente, assim como o coração da protagonista do enredo.

A escolha de Cacai pelo amor tem embalado o Festival de Inverno de Bonito com mitos e lendas e as histórias que a natureza conta. Quem passa pela avenida que liga a praça à grande tenda tem a sensação de reviver o romance. No céu, as 700 luas trazidas da lenda para a vida real em forma de balões. E os versos seguem compondo uma gruta em 23 painéis.

No caminho, as palavras despertam atenção e a beleza dos cenários, oriundos do próprio palco do mito, a região da gruta da Lagoa Azul é a isca para apaixonados e poses para fotos. Durante o dia, a trama ainda está apagada, é que é a noite que ela ganha vida sob o luar e flecha que atravessa destinos e pelo qual vale a pena viver e morrer.

À noite que ela ganha vida sob o luar e a flecha que atravessa destinos, pelo qual vale a pena viver e morrer.
À noite que ela ganha vida sob o luar e a flecha que atravessa destinos, pelo qual vale a pena viver e morrer.

Os olhos de todos os guerreiros da tribo em que vivia e de fora, se voltavam para a mais linda jovem terena, Cacai. Entre tantos pretendentes, ela despertou o sentimento de um jovem que cacique que a escolheu como companheira. Seguindo a tradição, ele a convidou para o pacto das 700 luas, onde o noivo e a noiva faziam um trato de que durante este tempo iriam se conhecer e em seguida decidiriam quanto às núpcias. A decisão, até então, soberana e livre não saiu como era de se esperar.

A negativa e a recusa ao convite eram aceitos com naturalidade, exceto para a terena em questão. “A decisão era a mais importante na vida de um terena. Não podia haver erro. A união era indissolúvel, nem a morte os separavam. Acreditava-se na existência de uma alma imortal”, diz a lenda.

O namoro correu como se os dois fossem seguir o que manda o ritual, mas o Deus do destino tinha outros planos para a moça, que se concretizaram com a chegada de um estrangeiro na tribo.

Pele clara e nos olhos um brilho que Cacai jamais vira. Os seus cabelos castanhos apresentavam mechas brancas revelando que aquele guerreiro forte e ágil era quase um ancião. Dos ferimentos Cacai cuidou assim como tratou de lhe ensinar a língua, conquistou a alma e descobriu o verdadeiro amor de sua vida.

Ao fim das 700 luas, conforme trato com o cacique, ela diria o sim. No entanto, Cacai se negou e enfurecido pela recusa, o rapaz obrigou a realização do ritual. Ali acabavam as esperanças, visto que qualquer mulher que quebrasse o juramento teria o coração transpassado por uma flecha terena. Cacai sabia disso, mas sabia também que devia obediência ao valor supremo do amor. Curvou-se a ele. Naquele mesmo dia fugiram numa canoa, descendo o Rio Formoso.

A maldição foi jogada e até hoje a leve brisa penetra a solidão e a flor do ipê fica mais colorida. Quando a água sombria do Lago fica mais azul e se torna alegre com um pássaro solitário que vem refrescar suas penas e cortejar o perfume duma Cacai que nossos olhos não veem, mas que lá está.

Como na poesia de uma canção, até hoje é possível ouvir os sussurros de amor de Cacai e seu amado imortal. “Está lá no fundo da gruta, está nas cachoeiras, no fundo das águas do rio, está em todo o lugar, é só prestar atenção”.

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