Em pronunciamento feito na TV na noite deste domingo (1º), o presidente norte-americano, Barack Obama, confirmou a morte do líder da rede terrorista Al Qaeda, Osama bin Laden, e disse que o corpo dele está com os Estados Unidos. "A justiça foi feita", afirmou.
"Nesta noite tenho condições de dizer aos americanos e ao mundo que os Estados Unidos conduziram uma operação que matou Osama bin Laden, o líder da Al Qaeda e terrorista responsável pelo assassinato de milhares de homens, mulheres e crianças inocentes."
Obama disse que a operação só foi bem sucedida devido a ajuda do governo do Paquistão, que facilitou que as equipes encontrassem o esconderijo do terrorista. "Esse é um dia histórico para as duas nações", disse Obama.
Enquanto ele falava, centenas de pessoas estavam concentradas em frente à Casa Branca, em Washington, para comemorar com gritos de alegria e mensagens patrióticas a morte. Seguravam bandeiras, cantavam o hino nacional e bradavam "USA".
Neste domingo, segundo o presidente, foi dada a ordem para que uma equipe de soldados dos EUA capturasse o líder terrorista. Obama afirmou que nenhum americano foi ferido na operação, ocorrida na cidade de Abbottabad, no Paquistão. Funcionários do governo americano detalharam que outros três homens e uma mulher teriam morrido no ataque.
"Finalmente, na última semana, eu determinei que nós tínhamos informações suficientes para agir (...) Depois de troca de tiros, eles mataram Osama bin Laden e tomaram seu corpo sob custódia", afirmou Obama.
Segundo o presidente americano, a captura foi um dos maiores trunfos de seu governo. Ele revelou ter determinado ao diretor da CIA (agência de inteligência americana) que tornasse a captura de Bin Laden uma prioridade.
Após relembrar a dor dos ataques de 11 de Setembro de 2001, Obama continuou: "Nós podemos dizer para todas as famílias que perderam entes queridos que a justiça foi feita".
"Nós não vamos tolerar ameaças a nossa segurança nacional ou aos nossos aliados. Não há dúvidas que a Al Qaeda continuará a atacar", disse Obama, ressaltando, como o fez George W. Bush, que a "Guerra ao Terror não é contra o Islã". "A Al Qaeda é um destruidor em massa de muçulmanos", afirmou.
O presidente americano Barack Obama durante pronunciamento na Casa Branca
PERFIL
O obscuro ex-colaborador da CIA tornou-se sinônimo de terrorismo na década. Engenheiro civil, é um dos cerca de 50 filhos do construtor saudita Mohammed bin Laden.
Osama bin Laden iniciou sua carreira no Afeganistão nos anos 70, ajudando os EUA a expulsar tropas soviéticas. Criou a Al Qaeda (a base, em árabe) em 1998 e no mesmo ano mostrou seu cartão de visitas explodindo embaixadas americanas no Quênia e Tanzânia.
Em 2001 veio sua ação mais espetacular, contra as Torres Gêmeas e o Pentágono. Virou alvo número um dos Estados Unidos, procurado vivo ou morto. Esteve por trás, ou serviu de inspiração, para ataques em países tão diversos como Espanha, Indonésia, Marrocos e Turquia.
Suas mensagens mobilizam radicais pelo mundo todo. Sua ação mudou a forma como se faz guerra, como se protegem liberdades e como se inspecionam bagagens.
Além do 11 de Setembro, Washington também relacionou Bin Laden a uma série de ataques, incluindo os atentados às embaixadas norte-americanas no Quênia e na Tanzânia, em 1998, e o ataque ao navio de guerra USS Cole no Iêmen, em 2000.
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