Mesmo tida como "praticamente certa", a manobra política que supostamente levaria a senadora Marisa Serrano (PSDB) para o Tribunal de Contas (TCE) ainda não é admitida pelos tucanos de Mato Grosso do Sul.

Chegou a ser veiculado na imprensa que o governador André Puccinelli (PMDB) estaria encaminhando a ida da tucana para o TCE de olho na disputa pelo senado em 2014. Ele não se manifestou oficialmente sobre o assunto até o momento.

“A indicação é da Assembleia Legislativa, e acho muito difícil o nome não ser de um deputado, especialmente porque dois já anunciaram que querer ir pro TCE”, afirmou o tucano Professor Rinaldo. O deputado estadual se refere aos parlamentares Antônio Carlos Arroyo (PR) e Maurício Picarelli (PMDB), que anunciaram publicamente interesse na vaga.

Também cotado para a indicação, o presidente da Assembleia Jerson Domingos (PMDB) já declarou sua desistência nesta disputa pela vaga de conselheiro, aumentando os rumores sobre a suposta operação de Puccinelli.

Outro tucano, o deputado estadual Márcio Monteiro, disse acreditar que o partido acaba perdendo um pouco de força com uma possível ida da senadora para o TCE. “É uma renovação que todo partido sofre, mas claro, que se for confirmada a saída da Marisa, o Russo (Antônio Russo, suplente da senadora) terá que ter um tempo para encontrar espaço em Brasília, mas o partido daria total apoio a ele”, garantiu Monteiro.

Sobre o 1º suplente da senadora, Antônio Russo, que poderia ter a vaga “de lambuja”, os tucanos desconversam. “Nem parei para avaliar a situação caso a Marisa saia do senado. Nem conheço esse Russo”, comenta Onevan de Matos, também deputado estadual.

“Nem conversei com ele (Russo), mas creio que a Marisa decida por ir para o TCE”, afirmou Márcio Monteiro, que está em Caracol, interior do estado. Mesma opinião de Rinaldo: “não acho que a Marisa vai perder quatro anos de senado para ir pro Tribunal, quanto ao Russo, só posso dizer que a bancada do partido sequer se reuniu para analisar esse tema”.