A ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, afirmou ontem (31 de março) que não abre mão de punir os produtores rurais que desmataram ilegalmente. O assunto faz parte dos debates em torno do novo Código Florestal, que está em discussão no Congresso Nacional.
“O Ministério do Meio Ambiente nunca concordou com anistia a desmatador. A quem cometeu crime ambiental, desrespeitando a lei, não cabe anistia”, frisou a ministra, durante debate sobre meio ambiente na Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RJ).
Apesar de reconhecer que o tema continua polêmico entre os parlamentares, polarizados entre ruralistas e ambientalistas, Izabella Teixeira mostrou-se mais otimista quanto aos rumos das negociações. Segundo a ministra, existe hoje predisposição de todos os atores para o diálogo e para a construção de convergência, numa perspectiva muito diferente da de 2010. "O clima é outro: é de negociação e muito positivo”, afirmou.
O deputado Alessandro Molon (PT-RJ), que também participou do debate, demonstrou preocupação com o formato final do Código Florestal. “O relatório do deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP), como está hoje, nem de longe me agrada. É preciso debatê-lo mais, modificá-lo em pontos importantes, protegendo as áreas de proteção permanente”, disse o deputado.
Molon denunciou a possibilidade de haver um “patrolamento” da bancada ruralista na questão, usando de força para aprovar a matéria, sem maior discussão. Ele afirmou que o risco existe e que a sociedade precisa de mobilizar para evitar que isso aconteça. "É hora de mandar e-mails e cartas, telefonar para seus representantes, cobrando firmeza no enfrentamento da bancada ruralista, que vai pensar em primeiro lugar nos negócios e nos lucros. Devemos pensar na proteção da vida e na preservação do meio ambiente”, destacou.
O reitor da PUC Rio, Josafá Carlos de Siqueira, criticou a forma como o Código Florestal está sendo tratado no Congresso. Segundo ele, não se pode fazer modificações contra a preservação do meio ambiente ou que representam retrocesso. "Não tem sentido darmos passos para trás", disse Siqueira.
"O aconselhável é levar em conta a opinião dos cientistas, antes de tomar determinadas atitudes. Redução da área de florestas [nas margens de rios] vai de encontro a todos os estudos que nós temos”, criticou o reitor.
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