Apesar de não ser o tema da reunião de hoje (17) da Comissão de Educação do Senado, o uso de termos coloquiais da língua portuguesa, inclusive com erros gramaticais, em livros didáticos distribuídos pelo Ministério da Educação (MEC) norteou o debate dos parlamentares. Inicialmente, a audiência foi marcada para discutir com o ministro Fernando Haddad a comparação histórica entre os governos de Luiz Inácio Lula da Silva e de Fernando Henrique Cardoso em publicações do MEC para a rede pública. Como o ministro não compareceu, o tema tornou-se secundário.
Para o ex-ministro da Educação do governo Lula Cristovam Buarque existe um risco de se criar duas formas de falar o português. No entender do pedetista, os estudantes da rede pública, ao adotar erros de concordância verbal como regra, não terão a menor chance de passar em um concurso, por exemplo. “Tem que se ter em mente uma questão fundamental: sotaque e regionalismos são uma coisa. A língua portuguesa é outra”, destacou.
Marisa Serrano (PSDB-MS) disse que a ausência do ministro prejudicou os debates. “Ele tem que dar explicações sobre esses fatos. Todos os brasileiros são obrigados a aprender o português.”
O presidente da Associação Brasileira de Editores de Livros (Abrelivros), Jorge Yunes, disse que o importante, no debate, é contextualizar aos estudantes o porquê de a língua portuguesa constar no livro didático "daquela forma". Segundo ele, o certo é o professor "contextualizar a linguagem coloquial e, ao mesmo tempo, ensinar o português oficial".
Com a ausência de Haddad, a comissão dispensou da audiência três representantes do ministério que debateriam a comparação histórica entre os governos Lula e Fernando Henrique Cardoso. O presidente do colegiado, Roberto Requião (PMDB-PR), justificou sua decisão afirmando que o convite foi feito ao ministro Haddad e não a eles. “Eles não foram convidados. Nós convidamos o ministro”, afirmou Requião.
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