A partir de 8 de abril, a tarifa de energia elétrica vai ficar em média 17,49% mais cara para os 815 mil clientes da Enersul (Empresa Energética de Mato Grosso do Sul). O reajuste foi aprovado esta manhã, em reunião técnica na sede da entidade, em Brasília.
De nada adiantou o apelo de três parlamentares de Mato Grosso do Sul - o deputado Federal Fábio Trad (PMDB), e os estaduais Marcos Trad (PMDB) e Paulo Correia (PR) – para que o percentual fosse diminuído. Todos chegaram a citar motivos religiosos para um aumento menor, sem sucesso.
O percentual aprovado para o reajuste da Enersul é o maior entre as 10 concessionárias de energia que estão tendo reajustes aprovados este mês. O índice é apenas um pouco menor do que a empresa havia solicitado, 17,56%.
Conforme o relatório final que aprovou o aumento, o reajuste de fato é de 12,33%, mas a percepção ao consumidor será em média de 17,49%.
A alta é diferenciada para os consumidores de alta tensão (14,86%) e os de baixa tensão (18,57%).
Efeito devolução O que foi uma vitória do consumidor, a determinação de devolução de R$ 191 milhões cobrados a mais pela empresa durante 5 anos, agora acaba, segundo os conselheiros, resultando em um impacto ainda maior do reajuste aprovado.
Tanto o conselheiro que relatou o processo, Romeu Donizete Rufino, quanto os outros que votaram, justificaram que a Aneel tem preocuapação com a chamada “modicidade” das tarifas, conceito que defende um impacto menor para o consumidor.
Porém, justificaram que a Aneel tem a função de fazer cumprir a lei e os contratos com as empresas concessionárias de energia e disseram que é isso que está sendo feito em relação à tarifa da Enersul.
Romeu Rufino disse, também, que em relação à inflação acumulada entre 2007 e 2011, a tarifa da Enersul subiu menos. A inflação acumulada, conforme relatado, foi de 16%, segundo apontado, enquanto a inflação, medida pelo IGPM, atingiu 31%.