As pesquisas relacionadas ao HIV, causador da Aids, estão avançando no sentido de desenvolver uma vacina contra o vírus. Em um estudo que conta com a participação da Faculdade de Medicina da USP, pesquisadores criaram um modelo de vacina que atua na resposta imune das células-alvo do HIV e em maior número de partes do vírus, que apresentou características semelhantes a de vacinas altamente protetoras. Os testes com animais estão em andamento e o objetivo é que até o final do ano seja possível verificar se a vacina tem efeito protetor e começar a testá-la em seres humanos.
O professor Edécio Cunha-Neto, que coordena as pesquisas, conta que ainda não existe uma vacina eficaz contra o HIV que possa ser usada em larga escala.
Em quase todos os testes, registrou-se baixa cobertura, ou seja, a resposta imune acontecia apenas em uma pequena fração dos pacientes que recebiam a vacina e mesmo nas pessoas imunizadas, o grau de imunidade conseguido era fraco _ diz Neto.
Os estudos procuraram identificar as lacunas das vacinas já testadas e quais características seriam desejáveis para uma imunização mais eficaz.
A resposta imune deveria atingir um maior número de partes do HIV, especialmente as partes conservadas, que não sofreram mutações. Essa resposta deve ser ampla em cada indivíduo, mesmo em uma população com características genéticas muito diferentes, que determinam quais partes do vírus serão alvo da resposta imune _ ressalta.
Ao mesmo tempo, verificou-se a necessidade de estimular a resposta imune das células do tipo T-CD4, que são as células-alvo do HIV. Segundo o médico, o paciente infectado fica com um número baixo de T-CD4, o que leva a imunodeficiência. As vacinas já testadas se concentravam em fortalecer as células T-CD8, que destroem o HIV.
No entanto, se houver também estímulo ao grupo T-CD4, ele servirá de apoio ao T-CD8, aumentando seu poder defensivo.
Vacina
A partir destas conclusões, partiu-se para um desenho racional de vacina. O professor explica que foram escolhidas partes muito conservadas do HIV para induzir uma resposta imune e por meio de um programa de computador, identificou-se as regiões reconhecidas pelo TCD4, capazes de ser reconhecidos por células T de pessoas com múltiplas constituições genéticas diferentes.
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