Estados Unidos vão perder seu posto de líderes da economia mundial bem antes do que se esperava, caso estejam certos os mais recentes relatórios dos grandes bancos globais, informa reportagem de Patrícia Campos Mello para a Folha (íntegra disponível para assinantes do UOL e do jornal).
No relatório original sobre os Brics, de 2003, o Goldman Sachs projetava que a China iria ultrapassar os EUA até 2041. Em 2009, o Goldman reviu suas projeções e passou a acreditar que o PIB chinês será maior que o americano já em 2027.
O Citigroup, em seu relatório "3 G - Geradores Globais de Crescimento", divulgado no fim de fevereiro, é ainda mais ambicioso: a projeção é que a China supere os EUA antes de 2020. E mais: até 2050, a Índia terá ultrapassado a China e se tornará a maior economia mundial, com os EUA em terceiro.
A economista Karen Ward, autora de o "O Mundo em 2050", o oráculo do HSBC divulgado em janeiro deste ano, é bem mais conservadora. Para ela, a China só supera os EUA em 2045.
Afora distinções metodológicas --o HSBC usa valores em dólares nominais, o Citi usa paridade de poder de compra--, a diferença entre as previsões se deve ao otimismo de alguns sobre a trajetória do crescimento chinês daqui para a frente.