Em nova tentativa de conter a escalada de preços dos combustíveis, a ANP (Agência Nacional do Petróleo) autorizou o aumento na quantidade de água no álcool anidro, que é misturado à gasolina vendida nos postos, informam José Ernesto Credendio e Leila Coimbra, em reportagem na Folha deste sábado (a íntegra está disponível para assinantes do UOL e do jornal).
A mudança, temporária, visa permitir a importação de álcool dos Estados Unidos.
1% de água, que é a especificação no exterior. Antes, no Brasil, o teor máximo era de 0,4%. O limite para o etanol ser considerado anidro é 1% de água.
No longo prazo, a mudança pode ser prejudicial ao motor.
A medida vale até 30 de abril, quando termina a entressafra de cana no centro-sul. Conforme resolução publicada pela ANP, o teor real de etanol no combustível cai de 98% para 92,1%.
Os 200 milhões de litros comprados dos EUA por produtores nacionais serão misturados à gasolina.
A mudança não afeta o álcool combustível (hidratado), vendido nos postos.
ESCALADA DE PREÇOS
O álcool manteve a escalada de preços nesta semana nos postos de São Paulo e chegou a R$ 2,80 por litro, segundo outra reportagem da Folha de hoje. O preço médio registrado pela pesquisa semanal da Folha foi de R$ 2,19 por litro, com alta de 20% em 30 dias.
A tendência de alta do álcool, no entanto, pode estar no fim. O hidratado já sai das usinas com preços menores do que há uma semana.
É o que mostram os valores de negociações do hidratado em Paulínia, conforme dados do Cepea. Demanda menor e oferta maior vão derrubar os preços.
IMPORTAÇÃO
Um carregamento de gasolina importado pela Petrobras chegará ao Brasil até o dia 15 de abril para garantir o fornecimento ao aquecido mercado doméstico, informou à Reuters ontem o diretor de abastecimento da estatal, Paulo Roberto Costa.
Segundo ele, a gasolina será armazenada e utilizada em caso de necessidade. "A gente vai trazer e armazenar. Se precisar usa, se não precisar não usa", disse o executivo. "No ano passado a gente importou para 10 dias, não deve ser muita coisa diferente disso", afirmou.
No ano passado a Petrobras importou 3 milhões de barris de gasolina de várias origens no início do ano, o que não fazia há cerca de 40 anos, também em função de um mercado interno aquecido.
Costa informou que as refinarias da empresa estão trabalhando a plena capacidade e produzindo 380 mil barris diários de gasolina, totalmente absorvidos pela demanda interna.
"Estamos produzindo o máximo de gasolina em todas as nossas refinarias e se verificarmos que o estoque está abaixando e que precisa importar, iremos importar", afirmou Costa.
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