Um adolescente, atualmente com 13 anos, foi ameaçado durante um ano por colegas e um ex-colega de uma escola estadual em Campo Grande, forçado a fazer deveres, entregar o lanche e dar dinheiro para não apanhar. O caso, que segundo a polícia é um clássico de bullying, foi descoberto somente na quarta-feira (18), quando a vítima resolveu contar para a mãe o que vinha sofrendo.
A denúncia foi feita na Delegacia Especializada de Atendimento à Infância e Juventude (Deaij). As investigações foram coordenadas pela delegada Aline Sinnott Lopes.
Segundo ela, um dos infratores é um adolescente também de 13 anos que estudou na mesma sala de aula que a vítima em 2010 e continuou extorquindo o colega mesmo depois de trocar de escola este ano.
Enquanto colegas, as ameaças eram feitas em troca de favores e lanches. Depois, os dois mantiveram contato por telefone, a partir de então, pasosu a ser exigido dinheiro. Segundo a investigadora, as transações não tinham frequência e a vítima repassava quantias que variavam de R$ 50 a R$ 70.
Um vizinho da família da vítima presenciou um dos momentos em que o estudante deu dinheiro ao ex-colega e acionou a mãe dele, que conseguiu fazer o filho confessar.
A mando da polícia, a vítima marcou um encontro com o adolescente infrator em um terminal de ônibus da cidade. No local, policiais à paisana fizeram a abordagem.
“Ele ficou bastante assustado durante a abordagem. Ele achava que era normal, que era fácil para ele”, conta a delegada.
Segundo ela, a reação mostrou que as ameaças eram corriqueiras, tendo em vista que o infrator tentou se justificar dizendo que não eram ameaças por nunca ter prometido matar o estudante. Na delegacia, a mãe dele foi acionada. Se mostrou perplexa diante da delegada e disse ao filho que o castigaria quando chegasse em casa.
O caso foi interpretado como bullying não só porque as ameaças começaram na escola, mas há suspeitas de que outros dois adolescentes, que ainda estudam com a vítima, a estejam ameaçando. Essas informações continuam a ser apuradas pela Deaij.
O caso foi encaminhado ao Ministério Público. A delegada afirma que não foi possível e necessário encaminhar o infrator para uma Unidade Educacional de Internação (Unei), porque não houve flagrante. O crime de extorsão foi praticado na quarta-feira (18), no momento da ligação. Dois dias depois foi feita a abordagem, o que representa somente uma prova a mais para o inquérito.
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