Folha Online | 4 de janeiro de 2012 - 15:00 Internacional

Na Argentina, cirurgia de Cristina foi bem sucedida e sem contratempos

As informações foram divulgadas pelo porta-voz da Presidência, Alfredo Scoccimarro, que agradeceu ainda o apoio do povo argentino.

O governo argentino confirmou que a cirurgia da presidente Cristina Kirchner para a retirada de um tumor na glândula tireoide foi bem sucedida e ocorreu sem qualquer incoveniente.

De acordo com o comunicado do governo, "a cirurgia se realizou sem nenhum inconveniente ou complicações" e a cirurgia durou três horas e meia, como estava previsto.

As informações foram divulgadas pelo porta-voz da Presidência, Alfredo Scoccimarro, que agradeceu ainda o apoio do povo argentino.

Desde a noite anterior ao procedimento no Hospital Austral, simpatizantes faziam fila em frente ao local, com cartazes dizendo "Força Cristina".

A presidente chegou de helicóptero ao hospital localizado na região metropolitana de Buenos Aires, para a retirada de um câncer na glândula tireóide. O tumor foi diagnosticado em dezembro, após exames de rotina.

A mandatária saiu da residência oficial argentina, em Olivos, e deu entrada no hopital sem passar pela portaria do centro de saúde, onde partidários faziam vigília.

A operação deve durar entre duas ou três horas. Segundo o jornal "Clarín", fontes do governo afirmam que toda a glândula, que possui um tumor do lado direito, deverá ser retirada.

Após o procedimento cirúrgico, a presidente deverá ter alta em 72 horas. A recuperação é estimada em vinte dias, período no qual será substituída pelo vice-presidente, Amado Boudou.

VIGÍLIA

Durante toda a noite, partidários da Juventude Peronista e do grupo La Cámpora, que compõem a base de apoio ao governo, fizeram vigília na porta do hospital. A manifestação de apoio, com cartazes, foi organizada por um dos filhos da presidente, Máximo Kirchner.

Simpatizantes começaram a se reunir na terça-feira pela manhã em frente ao hospital.

Foi iniciada também uma campanha da juventude do Partido Justicialista (peronista), do governo, para que a população doe sangue em hospitais públicos em demonstração de solidariedade e apoio à chefe do Estado.

Os médicos afirmam que Cristina sofre de um dos tipos de câncer com boas previsões de cura. Por isso ela poderá se recuperar plenamente e levar uma vida normal depois de se submeter à operação, a cargo de Pedro Saco, um dos maiores especialistas do país.

Cristina Kirchner, que foi eleita pela primeira vez em 2007, venceu as eleições presidenciais de outubro com 53,07% dos votos.

AMÉRICA LATINA

Ela é a quinta líder da América Latina a ser acometida pela doença nos últimos anos. Antes dela seu colega paraguaio, Fernando Lugo, a atual presidente brasileira, Dilma Rousseff, o venezuelano Hugo Chávez e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva já haviam lutado contra a enfermidade.