Terra | 30 de novembro de 2011 - 09:00 Brasil - Esportes

Trovões e chuva preocuparam Felipão e interromperam treino do Palmeiras

Com assédio, presença em peso da imprensa, pressão e até trovões e raios, que caíram em peso nesta última terça-feira e interromperam treino na Academia de Futebol, o Palmeiras cada vez mais vive a tensão que antecede o decisivo clássico contra o Corinthians. Às vésperas do confronto decisivo, o time alviverde transpira o confronto a cada dia, como o próprio volante Marcos Assunção admitiu. A equipe alviverde precisa derrotar o clube alvinegro para impedir a festa e o título de seu arquirrival.

"Isso tudo (assédio e alta frequência de repórteres no CT alviverde) é mais pelo Corinthians mesmo, não vinha ficando desse jeito, e isso é porque eles estão disputando o título. Mas não depende só da gente, podemos ganhar e o Vasco perder que eles também serão campeões. Nós brigamos somente pela nossa temporada", afirmou o atleta, quando questionado sobre a grande quantidade de pessoas na Academia nos últimos dias.

De fato, o clima no Palmeiras vem ficando cada dia mais tenso. Além da pressão natural que antecede os clássicos, o clube vê os jogadores cada dia mais requisitados pela imprensa e por torcedores, uma vez que o confronto do próximo domingo será decisivo para o arquirrival. Em caso de vitória alvinegra, o Corinthians conquistará seu quinto título brasileiro justamente em cima de seu mais indigesto adversário.

"O jogo contra o Corinthians tem mais rivalidade até que o São Paulo, ainda mais que o Corinthians disputa o título. É o maior clássico do Palmeiras, mais que Santos e São Paulo e vamos fazer de tudo para conseguir uma boa vitória. Os resultados estão vindo e que domingo as coisas continuem assim", decretou Marcos Assunção, que a todo momento se esquivava de questionamentos sobre a partida, evitando declarações ásperas que pudessem motivar o adversário.

Toda a cautela é justificável. O time alvinegro precisa de apenas um empate para erguer seu quinto troféu de Campeonato Brasileiro na história, e ter uma festa ainda maior por celebrá-lo diante de seu maior oponente. Ao rival do Palestra Itália, só restará fazer o possível para derrotar os corintianos, mesmo que isso não tire o título do Parque São Jorge - o Vasco também precisaria vencer o Flamengo.

"O Corinthians está muito pressionado, o Palmeiras também. Mas estamos conscientes do trabalho e não lutamos para nada, como acontece com eles. Só que eu gostaria que o Vasco fosse campeão, como torcedor mesmo. Tenho respeito pelo Corinthians, merece a taça, mas pela rivalidade prefiro que o Vasco saia com esse título", confessou Assunção.

No CT do Palmeiras, o discurso é o mesmo, e o assunto também. Se antes o clube andava um pouco no "ostracismo" devido à temporada irregular que não lhe rendeu posições honrosas nas competições que disputou, tudo muda a cada novo dia à medida que o clássico decisivo se aproxima. Ao menos até às 17h de domingo, o Palmeiras respirará Corinthians. Resta saber se o Pacaembu reserva um feliz final alviverde... Ou alvinegro.