midiamax | 9 de novembro de 2011 - 13:20 Capital

Descontentes com governador, policiais civis paralisam atividades no Cepol por 24 hor

Evelin Araujo e Diego Alves

 

 

Policiais civis de Campo Grande se reuniram em frente ao Cepol (Centro de Polícia Especializada da Capital) e decidiram paralisar as atividades por 24 horas nesta quarta-feira (09). Os cerca de 60 membros do Sinpol (Sindicato dos Policiais Civis de Mato Grosso do Sul) que estavam no local querem que o governador André Puccinelli os receba o mais cedo possível para uma renegociação salarial.

O aviso de greve foi enviado à Sejusp (Secretaria de Justiça e Segurança Pública do Estado) e, como resposta, o governador André Puccinelli escreveu, a punho, em cima do comunicado, dizendo que se os policiais paralisassem ele cancelaria a assembleia marcada para o dia 29 deste mês.

Os policiais reclamam das condições de trabalho, salário, quantidade de funcionários e concurso público. Eles querem um aumento igual ao de Mato Grosso, onde investigadores recebem R$ 3.900,00, contra os R$ 2.100,00 dos de Mato Grosso do Sul. O salário é o menor do Centro Oeste e o 18° mais baixo do País.

Para o presidente do Sinpol/MS Alexandre Barbosa da Silva, as condições das instalações do Cepol também impedem o desenvolvimento do trabalho. "Há banheiros quebrados, falta de água". A vigilância sanitária emitiu um laudo descrevendo a precariedade das instalações do prédio, onde funcionam a Deaij, Dedfaz, DEH, Deops e Polinter.

"Atualmente, o Estado possui 340 escrivães, mas o ideal seriam 600 policiais atuando e 1.800 investigadores, contra os atuais 1.100", explica Alexandre.

Eles propõe a mudança do prédio para o antigo Fórum da Avenida Fernando Correa da Costa. "O Estado teria uma economia de R$ 100 mil mensais com isso", diz o presidente.

Um policial civil, que não quis se identificar, disse que eles precisam atuar também como carcerários. "Quem perde é a população, pois a gente poderia investigar neste tempo, ao invés de trabalhar como agente carcerário", reclama.