Correio do Estado | 4 de outubro de 2011 - 17:33

Vendas no comércio varejista crescem menos em Campo Grande

As vendas do comércio varejista de Campo Grande tiveram crescimento moderado no mês de setembro em comparação a setembro de 2010, de acordo com dados divulgados hoje pelo Serviço Central de Proteção ao Crédito (SCPC) da Associação Comercial e Industrial de Campo Grande (ACICG). O incremento médio nas vendas de setembro/11 foi de 5,46%.
Segundo o DEPE – Departamento de Estatística e Pesquisa da ACICG, a desaceleração das vendas no mês de setembro pode ser explicada pela base de comparação forte - em setembro de 2010, as vendas haviam crescido, em média, 9,47% em relação ao mesmo mês de 2009. 

Outro fator mencionado é a ausência de uma data comercial em setembro que pode ter desestimulado as compras da moda primavera/verão. "O mês de setembro é de entressafra, entre o Dia dos Pais, de agosto, e o Dia das Crianças, de outubro. É normal que as vendas caiam", afirmou o gerente do SCPC, Valdineir Ciro de Souza, gerente do SCPC em Campo Grande.

O economista Marcel Solimeo, do Instituto de Economia Gastão Vidigal, cita a crise como um dos motivos para a desaceleração das vendas em todo o País. “O noticiário sobre a crise internacional pode ter gerado alguma cautela maior que serviu para adiar, temporariamente, novas compras”, afirma Solimeo.

Inadimplência

A inadimplência começa a preocupar os lojistas em Campo Grande. Em setembro o índice que mede o atraso dos consumidores nos pagamentos mensais foi de 5,59% contra 2,36% registrado em agosto passado e contra 2,36% registrado em setembro de 2010. De acordo com Valdineir Ciro de Souza, "A inadimplência tem subido um pouco, mas ainda pode ser controlada. Estamos em nível mais alto que 2010, mas inferior ao de 2009."
O gerente do SCPC lembrou também que em novembro começa a Campanha de Recuperação de Crédito Nome Limpo, excelente oportunidade para que as empresas negociem com seus clientes inadimplentes.

“A campanha Nome Limpo vem em boa hora, tanto para os lojistas quanto para os consumidores. Todos terão oportunidade impar para negociar as dívidas e chegar a um denominador comum que atenda os interesses das partes”, completou Valdineir Ciro de Souza.