Correio do Estado | 3 de outubro de 2011 - 13:37

Alimentos servidos na Escola Iracema Maria Vicente, na capital, estavam contaminados

O Laboratório Central de Saúde Pública de Mato Grosso do Sul (Lacen/MS) divulgou nesta segunda-feira (3) os resultados da análise das amostras do alimento servido em uma escola de Campo Grande, suspeito de provocar um surto de infecção alimentar em cerca de 180 alunos na última quarta-feira (27).

De acordo com o Lacen, os exames no alimento misturado, ou seja, na amostra do almoço, apontaram a presença da bactéria estafilococos, o que confirma a hipótese de que a contaminação do alimento tenha ocorrido no intervalo entre a pós-preparação até o momento em que foi servido.

Entre as possíveis causas apontadas pela contaminação estão: a distribuição dos alimentos em temperatura inadequada, conservação e manuseio pós-preparação. O Lacen ressalta que se o alimento tivesse sido contaminado após preparo e fosse armazenado em refrigeração e manuseado corretamente, a formação de toxina, resultante da alta reprodução bacteriana não teria ocorrido, já que em temperatura ambiente, a cada 10 minutos tem-se uma nova geração de bactérias.

O Lacen/MS ainda analisa as amostras dos alimentos in natura, ou seja, sem preparação ou que estavam no estoque da escola. A toxina produzida pelo estafilococos resultante de sua reprodução provoca vômitos e diarréia entre uma a seis horas. Quanto maior a sua concentração, menor o de período de incubação.

Na última quinta-feira (29), o Laboratório concluiu as análises das amostras de água da escola, que apontaram como negativo em relação à presença de microorganismos.