Revista Veja | 30 de setembro de 2011 - 10:14

Cientistas de 14 institutos tentam prever futuro da Amazônia

Uma equipe de cientistas de 14 instituições de pesquisa europeias e sul-americanas deram início a um programa audacioso: prever o que poderá acontecer com a floresta amazônica nas próximas décadas. A previsão é de que em três anos o projeto ofereça ferramentas para monitorar o funcionamento da Amazônia e evitar mudanças irreversíveis em toda a região. As informações são da agência de notícias da Fundação de Amparo à Pesquisa de São Paulo (Fapesp).

O projeto, chamando Amazalert, vai testar previsões sobre o impacto das mudanças climáticas e do desflorestamento na degradação do bioma e comunidades da Amazônia. Além disso, os cientistas tentarão antecipar quais medidas deverão ser tomadas para evitar impactos negativos.

A equipe será chefiada pelos pesquisadores Bart Krujit, da Universidade de Wageningen, Holanda; e Carlos Nobre, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Os especialistas vão desenvolver um sistema para detectar sinais da degradação na Amazônia de modo a emitir um alerta caso seja provável um cenário de perda irreversível do ambiente.

O projeto também fará uma espécie de consultoria para órgãos públicos para a prevenção de degradação da região amazônica. Os cientistas vão analisar o papel das queimadas e estabelecer diretrizes para orientar governo e população sobre as mudanças do clima.