João Pires/Diário MS | 28 de setembro de 2011 - 08:32

Protesto contra corte de árvore centenária gera tumulto em Dourados

Pelo menos 20 estudantes da UFGD (Universidade Federal da Grande Dourados) estão acampados desde ontem em frente de uma seringueira, localizada na Avenida Weimar Gonçalves Torres com a Rua Toshinobu Katayama. A manifestação começou após o corte de pelo menos metade dos galhos no domingo. Hoje pela manhã houve um principio de tumulto entre policiais e os manifestantes.
 
Alguns estudantes montaram um acampamento improvisado em cima dos galhos que ainda restam e ameaçaram não descer enquanto o pedido de corte não fosse retirado. Segundo eles a polícia militar foi acionada e chegou a dar voz de prisão por desacato a uns dos acadêmicos que se negou a descer da árvore.

De acordo com comandante Carlos Silva o policiamento é necessário para manter a tranquilidade do local, considerando que a livre manifestação é legal, porém de forma pacífica. “Tanto o corte como o protesto tem o amparo da lei, porém, a ordem teve ser respeitada”, disse.

PROMOTORIA

O promotor público da Vara do Meio Ambiente em Dourados, Paulo Cesar Zeni esteve no local para conversar com os estudantes e averiguar a legalidade do corte. Segundo ele o fato do corte receber a autorização como compensação de dois computadores e um aparelho de GPS causa estranheza. “Se a legalidade do corte for somente por estes equipamentos, eu mesmo vou acionar a justiça contra a derrubada da árvore”, disse.

O promotor Paulo Zeni juntamente com o advogado do proprietário do terreno onde está localizada a árvore agendaram uma reunião entre os estudantes e representantes do Imam (Instituto do Meio Ambiente) para tentarem um acordo entre eles e os órgãos responsáveis pelo corte. O encontro deve acontecer às 14 horas.

AUTORIZAÇÃO

O corte da árvore centenária recebeu autorização do (Conselho Municipal de Defesa do Meio Ambiente) em julho deste ano. Como medida compensatória, a construtora terá que doar um GPS e dois computadores para o Imam.