Viviane Oliveira/Campo Grande News | 27 de setembro de 2011 - 08:16

Sindicato diz que greve nos Correios continua sem prazo para terminar

“A greve dos funcionários da ECT (Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos) continua e não tem dia para acabar”, disse o secretário geral do sindicado dos trabalhadores dos correios no Estado, Alexandre Takachi. Iniciada no último dia 14 em todo Brasil a greve prejudica a entrega de Sedex, Sedex 10, disk coleta e entrega simples.

De acordo com Alexandre, em todo o estado 70% dos funcionários aderiram à greve. “Atualmente somente o serviço de sedex que está sendo feito, mas de forma precária. Não estamos garantindo o prazo de nenhuma entrega”, disse. Eles não aceitaram a posição da diretoria da empresa, que repetiu a proposta apresentada aos trabalhadores antes da greve, de reajuste de 6,87%, mais aumento real de R$ 50 e abono de R$ 800.

A categoria reivindica 7,16% de reajuste salarial, referente à inflação, reajuste dos vales refeição, alimentação e aumento real de R$ 200. Eles também querem, que o piso salarial, que hoje é de R$ 807, passe para R$ 1.635.

O presidente dos correios, Wagner Pinheiro disse os que funcionários grevistas terão o ponto cortado. Conforme Alexandre Takachi, já entrou com uma ação judicial para que isso não ocorra. “É um direito nosso”, argumenta o secretário geral.

Já a partir de amanhã os bancários de todo o Brasil devem parar por tempo indeterminado. Sindicatos dos trabalhadores e a Fenaban (Federação Nacional dos Bancos) não conseguem se acertar sobre o reajuste anual da classe. Para Alexandre a greve dos bancários pode fortalecer ainda mais a greve dos correios. “Estamos confiante que vamos conseguir resultado”.

Hoje com faixas e tendas montadas na rua Barão do Rio Branco com a Ernesto Geisel, cerca de 180 funcionários protestaram por melhores condições salariais.