A Prefeitura Municipal de Campo Grande, por meio da Semadur (Secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano) apresentou nesta segunda-feira (19), às 14h30, um termo de interdição no Parque de Exposições Laucídio Coelho. Com isso, público e funcionários estão proibidos de entrar no local.

Segundo o primeiro vice-presidente da Acrissul (Associação dos Criadores de Mato Grosso do Sul) Jonathan Barbosa, o termo alega falta de licenciamento ambiental do local para funcionamento. “Nós protocolamos o pedido de licenciamento em julho, está tudo certo com a papelada”, diz. “Isso só pode ser algum tipo de perseguição”, finaliza.

A reportagem aguarda o pronunciamento oficial da prefeitura sobre a interdição do parque, que está gerando inúmeras reclamações, principalmente de profissionais que dependem dos serviços oferecidos naquele local. Os funcionários do parque apenas informam que o local está interditado, enquanto isso, as pessoas se aglomeram, tentando resolver suas pendências.

O Empresário Vilmar Henges necessitava registrar a compra de gado em Leilão, que vence em sete dias. “Gritei e ainda bem que um funcionário do Iagro [Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal] veio me atender, porque senão era multado, hoje era o último dia”, contou.

O funcionário de uma empresa Agropecuária, Célio Alves Feitosa, estava dentro do Parque no momento do embargo, mas como a única saída que ele encontrou foi um buraco, ele se arriscou. “Isso é humilhante, vim retirar notas e acabo tendo que pular muros e sair daqui pelo buraco. Que país é esse?”, desabafou.
 
Enquanto Altair Melo, da Empresa Habil Brangus, conseguiu passar o comprovante de pagamento para retirar a nota debaixo do portão, Tatiana Garcia, estava aguardando para ver o que fazia, com a esperança de alguém atendê-la.