Barack Obama apresentou nesta segunda-feira um plano de corte de US$ 4 trilhões do déficit público, que será encaminhado para o Congresso norte-americano. Em seu discurso na Casa Branca, Obama afirmou que, para que cumprir esta meta, "todos contribuirão com sua justa parte", incluindo os mais ricos. 

"Não deveríamos reduzir o déficit à custa dos pobres e dos trabalhadores. (...) Washington tem que viver dentro de suas condições. Precisamos cortar aquilo com que não podemos arcar para pagar o que realmente importa", disse o presidente.

O plano propõe mudanças no sistema de impostos, que podem levantar US$ 1,5 trilhão. Entre as medidas, estão tarifas mais elevadas para os ricos e uma nova taxa para milionários. O novo imposto quem ganha mais de US$ 1 milhão por ano foi apelidado de Lei Buffett, em referência ao bilionário Warren Buffett, que criou polêmica ao dizer que pagava impostos em uma proporção menor do que os trabalhadores assalariados.

Obama disse também que vetará os cortes de benefícios do programa de saúde.

Os republicanos são fortemente contra a medida de aumentar impostos para elevar as receitas e, por isso não se espera que o plano seja aprovado com a redação atual, já que são maioria na Câmara dos Deputados.