Correio do Estado | 6 de setembro de 2011 - 13:49

Custo da cesta basica familiar sobe 0,35% no mês de agosto

O custo da cesta básica familiar composta de 32 produtos de alimentação, cinco produtos de higiene pessoal e sete produtos de limpeza doméstica, essenciais à sobrevivência adequada de uma família de cinco pessoas registrou alta de 0,35% no mês passado na Capital. Segundo levantamento da Secretaria de Meio Ambiente, do Planejamento e da Ciência e Tecnologia (Semac) divulgado hoje no mês de agosto, o custo da cesta familiar foi de R$ 1.085,00. No levantamento anterior, esse valor foi de R$ 1.081,24. Quanto à variação acumulada nos últimos doze meses, registrou alta de 11,26%; nos últimos seis meses, 2,28; e no ano, 4,34%.

Dentre os 44 produtos pesquisados que compõem a Cesta Familiar, 21 apresentaram alta, 19 apresentaram queda de preço, e quatro produtos mantiveram seu preço inalterado.

No grupo Alimentação (32 produtos), a pesquisa constatou alta de 0,36%, registrado pelos principais produtos: margarina (9,88%); abobrinha (6,87%); cenoura (6,29%); queijo (5,66%); tomate (4,26%); arroz (3,67%); mamão (2,69%); doces (2,57%); carne (2,26%) e frango (1,62%). Alguns produtos tiveram queda: batata (16,03%); cebola (8,75%); alface (7,14%); sal (5,26%); alho (4,06%); ovos (3,49%); laranja (3,13%), feijão (2,18%); açúcar (1,65%); trigo (1,17%); óleo (1,16%) e manteiga (0,77%). O pão francês, pão doce, macarrão e couve não registraram alteração de preços.

Análise

A cotação da abobrinha no mercado nacional esteve em alta no período, com acréscimo de 6,87% nos valores. Devido à quebra de produtividade nas lavouras, que restringiu a oferta, o preço da cenoura aumentou 6,29%.

Sobre os produtos que reduziram de valor, a análise mostra que, com a boa produtividade do sal no período, houve aumento de oferta, no mercado interno e consequente queda de preço. As regiões produtoras de cebola encontram-se no período de safra, o que diminui seu preço em 8,75%, conforme mostrou a pequisa.

O Grupo Higiene Pessoal (cinco produtos) registrou uma variação positiva de 0,50%. Os produtos que colaboraram para esta alta foram: sabonete, 2,99% e dentifrício, 2,14%. Os produtos que diminuíram de preço foram: absorvente 0,55%, papel higiênico 0,46% e lâmina de barbear 0,11 %.

O Grupo Limpeza Doméstica (sete produtos) assinalou uma queda de 0,05%, destacando os seguintes produtos: água sanitária, 6,98%; esponja de (aço), 3,60%; e sabão (pó) 0,29%. Os produtos com registro de alta foram: desinfetante, 3,20%; sabão em barra, 2,74%; cera em pasta, 1,05%; e detergente, 1,00%.

Em termos de renda versus salário-mínimo, houve um comprometimento de 39,82% do valor total da renda familiar, considerando cinco salários mínimos - R$ 2.725,00 - para atender uma família composta por cinco membros. No mês anterior foram registrados 39,68%.


INDIVIDUAL

Já o custo da Cesta Básica Alimentar Individual em Campo Grande registrou em agosto um decréscimo de 1,09% em relação ao mês anterior, apresentando a importância de R$ 240,14. Em julho, o custo foi de R$ 242,78.

Levantamento realizado pela Semac mostrou que dos 15 produtos que compõem a Cesta, oito registraram queda: batata (15,95%); alface (7,15%); sal (4,76%); laranja (3,11%); feijão (2,17%); açúcar (1,54%); óleo (1,39%) e banana (0,72%). Cinco produtos acusaram alta de preço: margarina (9,59%); tomate (4,28%); arroz (3,62%); carne (2,26%) e leite (0,53%). Pão e macarrão mantiveram seus preços inalterados.

Análise

Na análise dos pesquisadores, a intensificação da colheita da batata aumentou a oferta do produto no mercado interno diminuindo seu preço em 15,95% - a principal redução. Em relação ao alface, o clima esteve favorável para o cultivo, com volume elevado, ocasionando queda de preço de 7,15%.

Já na avaliação dos produtos que mais tiveram alta, a pesquisa mostrou que, com a falta de promoção nos estabelecimentos pesquisados, a margarina retornou ao seu preço normal refletindo aumento de preço de 9,59%. Baixo volume do tomate no mercado interno, devido ao período de entressafra, ocasionou alta de 4,28% no varejo.