João Pires - Diario MS | 6 de setembro de 2011 - 12:32

Em alta, imóveis ficam 25% mais caros em Dourados

A procura por imóveis e terrenos segue em alta em Dourados. Segundo especialistas, a demanda em vendas e aluguéis mantém o mercado inflacionado em até 25% a mais do que Campo Grande, capital do Estado. Entre os principais motivos para essa supervalorização são as facilidades de financiamentos e o grande fluxo de moradores, principalmente estudantes que procuram moradia na cidade.

De acordo com o presidente da ADEI (Associação Douradense das Empresas Imobiliárias), David Garcez, o movimento estudantil é responsável por 70% das locações de apartamentos e quitinetes. O perfil destes imóveis gira em torno de R$ 600 ao mês, com dois quartos. “No início e no meio do ano são os dois períodos onde os estudantes mais procuram por imóveis para alugar, época em que acontecem os vestibulares nas instituições de ensino”, explica. Em Dourados existem quatro universidades, sendo duas particulares, uma federal e outra estadual.

Com relação às vendas de casas, apartamentos ou terrenos, o gestor imobiliário afirma que a maior procura é por residências entre R$ 100 a 150 mil. Segundo Garcez, a agitação do mercado é resultado das facilidades de financiamento, principalmente pelos programas habitacionais como o ‘Minha Casa Minha Vida’. “Grande maioria dos atendimentos nas empresas imobiliárias são de pessoas que buscam por terrenos para construir sua casa própria por meio de financiamentos da Caixa Econômica Federal, atraídos pelos juros baixos e prazos de pagamentos”, afirmou.

Já os prédios e condomínios residenciais, os apartamentos estão entre os mais procurados. Segundo o corretor de imóveis, Jairo Pael, somente em um empreendimento (verticalizado) em que ele representa, foram vendidos 88 apartamentos ainda na planta, em torno de R$ 200 mil cada imóvel.

Segundo o corretor, outro motivo para o aquecimento do mercado imobiliário em Dourados é a expansão das usinas sucroalcooeiras. “Hoje são aproximadamente 4 mil funcionários do setor que procuram por imóveis para alugar na cidade”, afirma.

CRÉDITO

Segundo dados do BC (Banco Central do Brasil) o aumento nas operações de crédito para a compra da casa própria teve impacto na concessão geral de empréstimos no país. O levantamento mostra que em 12 meses, contabilizados de julho de 2010 a junho de 2011, o volume de empréstimos para aquisição de imóveis cresceu 50%. Nesse período, o total emprestado passou de R$ 116,1 bilhões para R$ 167,4 bilhões.

Segundo o órgão, o crédito habitacional, incluindo imóveis financiados pelo FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) e o Programa Minha Casa, Minha Vida, é a modalidade que está impulsionando os empréstimos para a pessoa física.

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