Jornal do Brasil | 29 de agosto de 2011 - 11:48

Laboratórios BMS e Pfizer encontram molécula para prevenir AVC, nos EUA

Os laboratórios americanos Bristol-Myers Squibb (BMS) e Pfizer divulgaram neste domingo resultados promissores de um vasto estudo sobre uma nova molécula que poderá reduzir a frequência dos acidentes vasculares cerebrais (AVC).

Esse estudo de fase III (a última antes de solicitar a comercialização do medicamento) foi feito com 18.201 pacientes, e demonstrou a superioridade do apixaban (nome comercial: Eliquis) sobre o warfarin - o tratamento de referência - nos pacientes que sofrem de fibrilação arterial, asseguraram os laboratórios.

Para esse tipo de pacientes, o apixaban é o primeiro anticoagulante que reduz "significativamente" os riscos de morte, afirmaram os dois gigantes em comunicado.

Os pacientes que tomam apixaban apresentam uma probabilidade inferior a 21% de padecer de um acidente vascular cerebral em relação aos pacientes tratados com warfarin, assim como 31% menos probabilidades de padecer de uma hemorragia importante e 11% de morrer.

Os resultados foram apresentados neste domingo durante o Congresso da Sociedade Europeia de Cardiologia em Paris e publicados no jornal especializado New England Journal of Medicine.

O estudo, realizado em 1.034 hospitais de 39 países, foi coordenado pelo Duke Clinical Research Institute (Carolina do norte, sul dos Estados Unidos) e pelo Uppsala Clinical Research Institute (Suécia), informaram BMS e Pfizer.

O risco de ter um AVC é uma crescente preocupação gerada pelo envelhecimento da população.

Segundo os autores do estudo, 5 milhões de americanos e 6 milhões de habitantes da União Europeia sofrem de fibrilação arterial, a forma mais comum de perturbação do ritmo cardíaco, o que os coloca na categoria de risco de sofrer AVC.

A confirmação do potencial da nova molécula seria uma boa notícia para a Pfizer e BMS, que precisam enfrentar o avanço dos genéricos no mercado de medicamentos.