Midiamax - Celso Bejarano e Eduardo Penedo | 15 de agosto de 2011 - 16:43

Dagoberto quer Zeca no PDT; ex-governador ameaça deixar PT se partido se unir ao PMDB

A ideia de juntar numa mesma chapa o PMDB e o PT em Campo Grande na disputa eleitoral do ano que vem irritou o ex-governador Zeca do PT.

A possibilidade dessa aliança tem sido anunciada pelo governador André Puccinelli, do PMDB, arquival de Zeca. O ex-governador disse que se o seu partido acatar a intenção de Puccinelli, ele abandona a política.

Já quanto à vontade dos pedetistas em tê-lo na legenda, Zeca desconversa: “gosto do PDT, mas em princípio, se eu sair do PT, eu deixo também a política”, afirmou.

A ida de Zeca para o PDT é um desejo já anunciado pelo ex-deputado federal Dagoberto Nogueira e do vereador Paulo Pedra, presidente regional e municipal da sigla, respectivamente.

O ex-governador, um dos nomes mais forte do PT, é tido por uma ala do partido como pré-candidato à prefeitura de Campo Grande. Duas semanas atrás, o nome dele chegou a ser cogitado como vice numa eventual dobradinha com o senador Delcídio do Amaral, também petista.

Ocorre que os dois pertencem a segmentos diferentes na legenda e nutrem discórdias políticas há pelos menos quatro anos. Delcídio já anunciou que não é intenção dele em concorrer à prefeitura.

Note o que Zeca disse quanto a possível coligação do PT com o PMDB de Puccinelli: “se isso acontecer o partido estaria jogando no lixo a história do PT. Nesse caso, prefiro a aposentadoria política”.

E quanto ao convite do PDT: “se eu vier a sair do PT eu não iria para nenhum partido. Eu encerraria minha vida política. O PDT é um bom partido, gosto do Dagoberto e tenho muito carinho por ele, mas em princípio, encerraria minha carreira política”, disse Zeca, que já ocupou mandatos de deputado estadual e, por duas vezes, o de governador do Estado.

Puccinelli deu sua opinião quanto à saída de Zeca do PT e o convite do PDT. “O Zeca não representa o PT, ele queima o PT”, afirmou o governador.