Folha.com | 11 de agosto de 2011 - 16:17

Dados positivos nos EUA sustentam alta de quase 3% da Bovespa

Números positivos sobre o mercado de trabalho nos Estados Unidos deram um alívio às Bolsas mundiais nesta quinta-feira. A Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) opera em alta desde o começo do dia, seguindo o movimento de valorização do mercado norte-americano.

Às 13h20, o Ibovespa, principal termômetro dos negócios da Bolsa paulista, tinha valorização de 2,86%, aos 52.866 pontos. Nos EUA, o Dow Jones subia 2,43%.

No mesmo horário, o dólar comercial era negociado por R$ 1,630, em alta de 0,30%. A taxa de risco-país marca 215 pontos, com queda de 3,58% ante a pontuação anterior.

Na Europa, os mercados subiram, após uma sessão de muitas oscilações. Em Londres, o índice Financial Times registrou variação positiva de 3,10%. Em Paris, o CAC-40 subiu 2,88%. Já em Frankfurt, o DAX apontou alta de 3,28%.

Menos norte-americanos entraram para a lista de desempregados na semana passada, e esse raro relatório positivo sobre a economia dos EUA impulsiona as Bolsas hoje.

O número de pessoas que entrou com pedido inicial de recebimento do auxílio-desemprego caiu em 7.000 na semana passada, para 395 mil, contra previsão de 400 mil.

Foi a primeira vez que o número ficou abaixo dos 400 mil em quatro meses, um sinal de que o mercado de trabalho norte-americano pode estar melhorando lentamente.

Os investidores tem visto poucos dados positivos sobre a economia dos EUA desde que o governo anunciou no mês passado que o ritmo de crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) no primeiro semestre de 2001 foi o pior desde que a recessão acabou, em 2009.

As preocupações sobre a recuperação fraca da economia e o primeiro rebaixamento da nota da dívida americana da história contribuíram para a grande volatilidade das Bolsas nesta semana.

Além disso, as preocupações com a crise de endividamento na Europa também influenciaram os mercados. Os investidores se concentraram particularmente nos bancos franceses nos últimos dias.

Hoje, o presidente do Banco Central da França afirmou que os bancos do país estão sólidos, e culpou "rumores infundados" pela forte queda em suas ações.

Os líderes da França e da Alemanha, as maiores economias da região, afirmaram que vão se encontrar na semana que vem para conversar sobre como resolver as dificuldades financeiras da Europa.

O mercado teme que os problemas de endividamento dos países europeus poderiam prejudicar os bancos que possuem títulos da dívida de alguns deles.

Por conta da grande interligação do sistema financeiro global, problemas nos bancos europeus poderiam levar mais estragos às instituições financeiras e à economia dos Estados Unidos.