Bonito Informa/Agência Brasil | 8 de agosto de 2011 - 10:16

Conferência internacional discute avanços tecnológicos e pesquisas sobre raios

Os principais avanços tecnológicos e as pesquisas mais recentes sobre raios estão sendo discutidos desde ontem (7) na Conferência Internacional de Eletricidade Atmosférica (Icae 2011), que reune no Rio de Janeiro especialistas de 37 países. Criada em 1954, a conferência é realizada a cada quatro anos e ocorre pela primeira vez no Hemisfério Sul.

“Por ser a conferência mais importante, e por ser realizada a cada quatro anos, o evento reúne os principais cientistas do mundo inteiro e traz os avanços mais recentes nas áreas de pesquisa e tecnologia", disse o engenheiro Osmar Pinto Júnior, coordenador do evento e do Grupo de Eletricidade Atmosférica (Elat), do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).

Entre as nove palestras programadas, na terça-feira (9) o coordenador do Elat/Inpe vai mostrar a relação entre os raios e o clima e como serão os raios no futuro. No cenário mundial de descargas atmosféricas, o Brasil segue na liderança de ocorrências, com uma média de 50 milhões de raios por ano.

“O motivo para isso é o fato de o Brasil ser o maior país da região tropical do planeta. Por ser mais quente, a região favorece a formação de mais tempestades e mais raios.”

Osmar Pinto Júnior lembrou que há 20 anos o Brasil não tinha nenhum trabalho sobre raios na Icae. O primeiro trabalho nesse campo foi apresentado por um pesquisador brasileiro na Icae, em 1996, no Japão.

“De 1996 para cá o Brasil passou da situação de ter apenas um trabalho inscrito para ser o país com a maior contribuição, com o maior número de pesquisas.”  Na Icae 2011, o Brasil participa com 77 trabalhos, seguido pelos Estados Unidos, com 63 . “Isso já mostra a dimensão da pesquisa brasileira sobre raios e fenômenos elétricos atmosféricos. Hoje o país é um líder nessa área.”