Campo Grande News | 29 de agosto de 2022 - 09:06 BONITO - FESTIVAL DE INVERNO 2022

Ira realiza show nostálgico e nem o vento gelado impediu o bonitenses de sair de casa para curtir

Banda Ira durante apresentação no 21º Festival de Inverno de Bonito. (Foto: Thailla Torres) -

A banda Ira encerrou com chave de ouro o 21º Festival de Inverno de Bonito. Ontem (28), o grupo paulistano foi o último a subir no Palco das Águas numa noite cheia de nostalgia com as canções ‘Tarde vazia’, ‘Envelheço na cidade’ e "flerte fatal".

O vento gelado registrado no domingo não impediu que boa parte dos bonitenses saíssem de casa para curtir a festa. Durante duas horas, o público ouviu os sucessos dos 42 anos de carreira da banda que no final atendeu aos pedidos de ‘mais um' vindos da plateia.

Em entrevista à imprensa, o vocalista do Irã, Nasi, comentou sobre a participação no festival e a oportunidade de prestigiar o trabalho de outros artistas.

“É um festival com 21 anos, ligado à preservação do meio ambiente numa região tão bela do País. Vimos trabalhos autorais, vimos os artistas que tocaram antes da gente. Todos bem representativos dentro de gêneros musicais bem diferentes. Hoje nós estamos representando o rock e ficamos felizes em encerrar esse festival”, afirmou o vocalista.


Grupo ‘Deslimitis’ levou peça teatral para Praça da Liberdade. (Foto: Paula Cayres)
Domingo cultural - Ao decorrer do dia e da tarde, a cidade foi tomada por outros espetáculos, como a peça teatral ‘Navegantes- Uma viagem pelos rios brasileiros' que cativou as crianças na Praça da Liberdade.

Através da peça, o grupo ‘Deslimitis’ promoveu uma conscientização ambiental contando a história do peixinha Douralis e a sua jornada para conhecer o mar.

O dia também contou com amostra literária dos livros ‘Passarinhos no quintal’, ‘Alice no País do Fim do Mundo’ e ‘Quira a Corujinha da Sorte’. A tarde teve parada cultural com as bandas municipais de Bonito, Jardim, Naviraí, Anaurilândia, Paranhos e Eldorado.

O público também pode conferir a exibição de filmes e documentários, batalha de MC’s, o show do artista campo-grandense Franke e o DJ Victor Sherer.

Para quem teve a oportunidade de acompanhar pela primeira vez essas e outras programações, o festival surpreendeu, assim como a beleza da cidade. É o caso da campo-grandense Lady Marcelina, de 50 anos.

A cabeleireira comenta que foi convidada por amigos e ficou encantada com tudo que viu. “Foi maravilhoso, não tenho palavras para falar. Fiquei viúva tem cinco meses e meus amigos acharam bom que eu fizesse um passeio com eles. Aqui é maravilhoso, nunca passei por um lugar tão bonito como esse”, afirma.


Para os artistas da cidade, a edição também contribuiu com a divulgação do trabalho e, é claro, as vendas. Artesã desde criança,  Ana Maria Cardoso, de 52 anos, conseguiu produzir diversos tereres para os turistas.  “Pra mim foi ótimo, não tem o que reclamar. Eu sou artesã na cidade e me pediram para trabalhar. Eu já estava contando com esse trabalho e pra mim foi ótimo”, diz.