Bruna Quezini, tem 20 anos, atleta de corrida há quase 6 anos.

Atualmente, passou  por um dos maiores desafios de sua vida, um câncer, algo que poderia
acabar com ela ou me deixa-lá muito mais forte e ela escolheu a segunda opção. Ao retornar de
uma lesão na canela em 2021 voltou a correr e a participar de muitas competições, chegando a
ir para fora do estado, porém em dezembro do mesmo ano por motivos rotineiros Bruna resolveu passar por um médico endocrinologista para verificar como estava a sua saúde. Ao pedir alguns exames, a
médica decidiu verificar como estava a tireoide, pois ela é responsável por produzir hormônios
essenciais para o nosso corpo.

Logo Bruna realizou 2 (dois) exames de imagem e uma punção (biopsia) pois nas imagens aparentava ser um nódulo maligno, e foi confirmado isso na biopsia. Porém, antes de sair o resultado ela foi fazer uma viagem de final do ano, passou 15 dias fora e nem me lembrava mais do exame, e ao voltar seus pais vieram de Bonito a Campo Grande (onde ela mora) para dar a noticia.

Ao saber que estava com uma doença maligna e que precisaria passar por
uma cirurgia, eu não expressei reação, e apenas falei para meus pais "
- Está tudo bem, agora
- Vamos lutar contra essa doença".

A cirurgia foi marcada um mês depois e foi tudo muito rápido, nesse periodo quando resolveu compartilhar um pouco da sua história aplicativo de mensagens instagram, e lá
recebeu total apoio de pessoas de todos os lugares, até mesmo de influenciadores que ela
admirava.

Foram 3 meses foram difíceis e ao mesmo tempo especiais, pois me a ensinou a
valorizar e aproveitar a vida ainda mais, a todo momento pensava que quando voltasse a
correr, se dedicaria 100%, porque a sua força de vontade era muito maior, estava louca
para sair dessa situação. Na verdade, nunca se imaginou sendo tão forte assim, em nenhum
momento deixou a situação te por para baixo, decidiu enfrentar isso de cabeça erguida.

Ao passar pelo pós operatório e pelos tratamentos, pode retornar aos treinos. O retorno foi
muito dolorido, se sentia uma iniciante e parecia que não sabia mais correr, de qualquer
forma com apenas 20 dias de treino, seu treinador perguntou se ela queria participar de uma
competição de corrida de trilha  em Campo Grande e que ela devia ir apenas para
participar e se animar. Foi então que Bruna resolveu aceitar, e confessa que estava muito aflita, mas
lembrou que esperou muito por esse momento, o de voltas as corridas.

A corrida foi bem radical e dificil, e foi com calma e no seu ritmo e sem pretensões de ganhar, mas depois de uns kms eu se animou ainda mais e começou a competir consigo mesma, Bruna disse que pensava que merecia estar ali e que deveria completar aquela prova.

Nos 200 metros finais ela ouviu o locutor dizer que eu estava chegando em segundo lugar, naquele momento, quase não acreditava, e ao passar a linha de chegada desmororou a chorar, choro de emoção e de agradecimento, e ao subir no pódio, viu onde era o seu lugar e hoje continuo treinando e me dedicando a outras coisas também, com orgulho da cicatriz que me acompanha, pois ela é um sinal de muita luta e persistência.

Só tenho a agradecer a Deus pela oportunidade de viver de novo.