Subsecretaria de Comunicação | 12 de outubro de 2021 - 10:31 AÇÕES DO GOVERNO DE MS

Estrada de Porto Esperança será o caminho 'do novo' à comunidade isolada por tantos anos

Foto: Edemir Rodrigues/Governo de MS

O traçado aberto pelas máquinas em meio a vegetação nativa da planície pantaneira começa a transformar em realidade um sonho de décadas da comunidade de Porto Esperança, distrito centenário de Corumbá: a implantação de uma estrada com ligação a BR-262 que tire o lugar do isolamento.

Os trabalhos iniciais tiveram marcação do eixo e topografia, atividades praticamente concluídas (85%). Dois quilômetros da via já foram abertos e recebe serviço de nivelamento para implantação do aterro, que chegará a 3,5 metros em alguns pontos. A construção do acesso de 11,2 quilômetros e custo de R$ 20,7 milhões foi autorizada no dia 10 de agosto pelo governador Reinaldo Azambuja.

O acesso à Porto Esperança pela BR-262 terá uma interseção no cruzamento com a rodovia a uma distância de 6,5 quilômetros da ponte sobre o Rio Paraguai (sentido Miranda-Corumbá), no Porto Morrinho.

Será uma estrada de revestimento primário recebendo dois tipos de materiais: camadas de cascalho e resíduos de minério de ferro cedidos pela mineradora Vale, que opera porto fluvial no distrito. O projeto inclui, ainda, duas pontes de concreto e bueiros.

A sonhada estrada foi projetada distante da margem do Rio Paraguai levando em consideração as grandes inundações que ocorrem na região, conhecida como Nabileque. O antigo acesso, aberto pelos próprios moradores, margeia o rio sem infraestrutura e torna-se intransitável na cheia e quando chove.

Segundo Natalina Mendes, presidente da associação de moradores, uma viagem de ida e volta à Corumbá custa em média R$ 300,00, incluindo barco e ônibus.

"Quando alguém fica doente é um Deus nos acuda, pois nem todo morador tem condições de pagar o transporte pelo rio", lamenta.

Mudança completa

"O governador está trazendo prosperidade para nossa comunidade, uma maneira ilustre da gente viver a vida", agradece Natalina. Moradores mais antigos, Jorgina Guató e Sérgio Matos, ambos de 70 anos, já sonham em ampliar a pequena pousada da família na beira do Rio Paraguai para atrair os pescadores esportivos.

"Agora vai melhorar, a estrada vai trazer o turista e prosperidade", aposta Jorgina. "Com o fim do trem [do Pantanal] ficamos sem direção", disse Sérgio.

O secretário estadual de Infraestrutura, Eduardo Riedel, considera o investimento em infraestrutura primordial para proporcionar qualidade de vida e alavancar o desenvolvimento de uma comunidade até então sem perspectivas.

"É uma mudança completa, um resgate da sociedade histórica em Mato Grosso do Sul. A população merece, eles estão isolados, por conta da falta de acesso. Será uma transformação na vida desses moradores", afirmou.