O Brasil registrou uma forte entrada de dólares na primeira quinzena de julho, concentrada no primeiro dia útil após o anúncio de mais uma medida cambial pelo Banco Central.

Dados da instituição mostram que, nesses 15 dias, a entrada de recursos externos superou a saída em US$ 10,1 bilhões. No ano, já são US$ 49,9 bilhões, mais que o dobro do registrado em todo o ano de 2010.

O número de julho é o maior resultado desde março, quando o governo decidiu taxar operações de empréstimos externos para conter a entrada de dólares no país, que havia caído nos meses seguintes.

O resultado da quinzena foi puxado por uma entrada de US$ 7,4 bilhões no dia 11. Aquele foi o primeiro dia de negócios depois de o BC anunciar uma nova medida que obrigou os bancos a comprarem dólares para reduzir a especulação no mercado à vista.

A maior parte dos recursos entrou por meio de operações financeiras, que voltaram a registrar entrada de dólares, o que não acontecia desde março. Na conta financeira estão todas as operações com dólares (investimentos, remessas, empréstimos, por exemplo), exceto aquelas ligadas ao comércio exterior.

As compras do BC somam US$ 2,5 bilhões no mês, o que significa que a maior parte dos dólares foi absorvida pelo mercado, em uma semana em que as instituições financeiras tiveram de comprar moeda para se adequarem à nova regra do BC.

No ano, as aquisições foram de US$ 40,8 bilhões, o que fez as reservas