No mês de abril de 2020, com apenas seis casos confirmados de covid-19 em Dourados, o Comitê de Gerenciamento de Crise do Coronavírus informou que algumas medidas passariam a ser adotadas visando a prevenção e a ampliação da capacidade de atendimento na área da saúde no município.

Na época, uma das medidas aderidas foi a reestruturação do Hospital da Vida, com o trancamento da Rua Ciro Melo e a instalação de tendas que seriam utilizadas para a triagem de pacientes, conforme informado pelo Dourados News. Na ocasião, o então porta voz do Comitê, o médico, Frederico Oliveira Weissinger, ressaltou que a decisão do fechamento da rua era estratégica porque seria a parte que atenderia os pacientes com Covid-19.

Cinco meses depois, as tendas continuam no local, porém, sem nenhuma utilização específica envolvendo a pandemia, pelo contrário, o local tem servido de abrigo para pessoas que não têm um teto, como foi constatado na manhã desta segunda-feira (21).

Em contato com o gerente do Hospital da Vida, Adriano André Silva Santos, foi relatado à reportagem que, na verdade, as tendas teriam sido instaladas para alojamento dos profissionais da área da enfermagem e para serem utilizadas como refeitório, mas os ambientes não estão sendo usados porque o Hospital não é mais referência para Covid-19. 

Ainda de acordo com o gerente, ele fará o pedido para desinstalar as tendas o mais rápido possível, já que as estruturas não são mais necessárias para o enfrentamento da pandemia no município.

Situação do coronavírus em Dourados

De acordo com o boletim mais recente divulgado pela Prefeitura Municipal de Dourados, no domingo (20), 6.743 pessoas foram infectadas pelo coronavírus, dessas 6.112 eram consideradas recuperadas. Além disso, 519 estavam em isolamento domiciliar.

Além disso, 35 pessoas permaneciam hospitalizadas, 12 em leitos de enfermaria e 23 em UTI (Unidade de Terapia Intensiva). Quinze pacientes são de outras localidades. 

Conforme o documento, o município somava 92 óbitos de moradores locais e 49 de outras regiões, mas que morreram enquanto estavam hospitalizadas na maior e mais populosa cidade do interior do Estado.