Helio de Freitas - CAMPO GRANDE NEWS | 26 de junho de 2020 - 11:36 CORONAVÍRUS NO MS

Cruzes na frente da prefeitura lembram os mortos pela Covid em Dourados

Cruzes na frente da prefeitura lembram os mortos pela Covid em Dourados

Imagem: Associação Amigos da Vida

Assim como ocorreu na praia de Copacabana, no Rio de Janeiro, cruzes brancas foram colocadas na manhã desta sexta-feira (26) em frente à sede da Prefeitura de Dourados. Vestidas de preto, Shirley Mazeppe e Helena Izidoro, integrantes da Associação Amigos da Vida, instalaram 17 cruzes no gramado em frente ao CAM (Centro Administrativo Municipal), onde funciona o gabinete da prefeita Délia Razuk (PTB).
 
A quantidade de cruzes fincadas no local representa o número de pessoas mortas pela Covid-19 até ontem na segunda maior cidade de Mato Grosso do Sul, epicentro da doença no Estado e que lidera em mortes e casos positivos do novo coronavírus. Dos 62 óbitos no estado, mais de um quarto são da cidade.
 
Após o manifesto desta manhã, que ocorreu bem cedinho, foram registradas mais duas mortes em Dourados. Portanto, agora são 19 óbitos pela Covid-19 no município. 
 
 De acordo com Shirley Mazeppe, o manifesto é de apoio às famílias que tiveram parentes mortos pela doença, aos profissionais da saúde que estão na linha de frente no combate ao vírus e aos médicos da cidade, internados após serem infectados.
 
“Queremos mostrar que estamos juntos dessas 17 famílias e médicos e demais profissionais de saúde, muitos já afastados e em estado grave, que se contaminaram no próprio trabalho. A todos eles, a nossa gratidão e o desejo que tudo isso passe. Serão sempre lembrados como heróis”, afirmou Shirley.
 
Ela disse que o aumento da doença em Dourados é preocupante e reforçou o pedido para que as pessoas fiquem em casa. “Só o isolamento domiciliar pode parar esse crescimento”.
 
Helena Izidoro, que preside a associação, também apelou às pessoas para que só saiam de casa quando necessário. “Se as pessoas não se cuidarem, vai aumentar o número de infectados em pouco espaço de tempo e com isso haverá colapso no sistema de saúde”.