Os custos dos combustíveis nos postos de Campo Grande e em Mato Grosso do Sul voltaram a recuar até 8,3% nesta semana, após novo corte pela Petrobras dos valores nas refinarias e em meio à continuidade do movimento de baixa nas cotações do petróleo no mercado internacional. A boa notícia ao consumidor é que os valores devem continuar em baixa com novas reduções nesta semana.

Com isso, tanto o gasolina quanto o etanol acumulam agora decréscimo de mais de 20% nas bombas ao longo de 2020 no Estado, mostraram dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).

O movimento dos valores para o consumidor final, no entanto, é bem mais tímido do que os reajustes já aplicados pela Petrobras, responsável por quase 100% da capacidade de refino do país.

A estatal já cortou em 50% o valor médio da gasolina nas refinarias, enquanto o diesel baixou 35% até o momento no ano.

Na gasolina, o preço médio nos postos da Capital caiu nesta semana para R$ 4,04 por litro, um recuo semanal de 1,2%, segundo os dados da ANP. Os preços variaram de R$ 3,979 a R$ 4,29 segundo a pesquisa na Capital,. Mas em promoções o combustível foi encontrado ontem por R$ 3,87 pela reportagem nos postos da cidade. No Estado a redução no preço foi mais expressiva de 4,8%¨com o litro passando de R$ 4,36 para R$ 4,15 em média.

O etanol hidratado, concorrente da gasolina nas bombas, foi vendido em média a R$ 3,11 nas bombas,decréscimo de 8,3% em relação a semana anterior quando valia R$ 3,39 em média na Capital. O maior valor foi cotado a R$ 2,90 e o maior a R$ 3,59. No entanto no combustível os valores podem ser achados por menos de R$ 3.

Já em MS a queda verificada ficou em 6,5% com cotação de R$ 3,26 em média .

O diesel foi encontrado valendo em média R$ 3,35 em Campo Grande e variação de R$ 3,19 a R$ 3,59.

Novas quedas - A Petrobras informou redução de 8% da gasolina nas refinarias a partir de amanhã, enquanto o diesel teve corte de 6%.

O repasse de ajustes dos combustíveis nas refinarias para o consumidor nos postos, no entanto, não é imediato e depende de diversos fatores, como consumo de estoques, impostos, margens de distribuição e revenda e mistura de biocombustíveis.

Os novos cortes ocorrem diante de uma persistente queda nos preços do petróleo e de seus derivados no mercado internacional, por impactos do novo coronavírus sobre a economia global.

Na segunda-feira (20), as cotações do barril nos Estados Unidos atingiram o menor valor da história, tendo registrado mínima de US$ 4,04.

A decisão da Petrobras por novos cortes ocorre ainda após uma queda neste ano de cerca de 60% do preço do petróleo Brent, referência internacional, que era negociado a US$ 26,40, no início da tarde no Brasil.