Dourados Agora | 10 de mar�o de 2020 - 11:50 MARACAJU

Falência de usina em Distrito deixa 600 trabalhadores desempregados em Maracaju

Falência de usina em Distrito deixa 600 trabalhadores desempregados em Maracaju

FOTO: DIVULGAÇÃO

A decretação de falência do Grupo Tonon Bioenergia, que possui usina sucroalcooleira no distrito de Vista Alegre, em Maracaju, deixou 600 trabalhadores sem emprego. A falência foi decretada neste fim de semana após o descumprimento do plano de recuperação judicial.

Em sua decisão, a juíza Daniela Almeida Prado Ninno, da 3ª Vara Cível da Comarca de São paulo, responsável pela ação, mudou para falência a recuperação judicial das empresas que compõem o grupo, após o administrador judicial apontar inúmeras irregularidades como não cumprir o plano de recuperação judicial em diversos pontos, além de não apresentar os relatórios mensais de suas atividades, não tendo havido pagamento dos credores, os tributos e os honorários da administradora judicial.

A Tonon Bioenergia estava em regime de recuperação judicial desde dezembro de 2015 e em 2017 vendeu o controle de duas de suas três unidades sucroenergéticas para a Raízen, as unidades Santa Cândida, em Bocaina (SP); e a Paraíso, em Brotas (SP).

A terceira unidade da companhia, a Usina Vista Alegre (UVA), localizada no distrito de Vista Alegre, em Maracaju, continuava sob controle da Tonon. Apesar de ser uma das plantas industriais mais modernas do País e manusear uma área 30 mil ha com cana-de-açúcar, a UVA vinha operando muito abaixo de sua capacidade instalada, sendo que a capacidade de moagem: 3,5 milhões de toneladas/safra; produção de etanol: 132 mil m³ de etanol/safra; produção de açúcar: 385 mil toneladas de açúcar/safra; geração de eletricidade: 60 MW (em parceria com a Brookfield).

No final de outubro do ano passado, a direção da Tonon Bioenergia paralisou as atividades da unidade em Vista Alegre, alegando o período de entressafra para manutenção, contudo o clima de incerteza já tomava conta dos trabalhadores, devido às centenas de demissões. Salários vinham sendo pagos de forma atrasada.

Em janeiro os trabalhadores da área agrícola realizaram uma manifestação pedindo o pagamento dos 50% restantes dos salários que era compromisso de ser pago em dezembro, o 13° salário que se encontrava atrasado e o plano de saúde bloqueado.